Com 4.864 casos de dengue notificados e 4.495 confirmados só em Teresina, o Piauí entra em alerta quando se fala no combate ao mosquito Aedes aegypti. Para isso, diversos órgãos estão se unindo para discutir um plano de contingência da doença.
O superintendente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Evaldo Ciríaco, destacou o papel da instituição em relação a esse trabalho que deverá ser pensado de entre todos. “É importante lembrar que isso está se alastrando principalmente no Nordeste. O que a Funasa tem feito é um trabalho preventivo, nós trabalhamos no controle da água, dos lixões, com financiamento básico para drenagem de águas fluviais, entre outros”, destacou.
Segundo ele, o Tribunal de Contas da União divulgou dados alarmantes sobre o assunto: O Piauí possui em média 2,5% de esgotamento sanitário. “Isso é um dado preocupante porque o esgotamento sanitário não correto é um ambiente natural para a criação desse mosquito e eu usaria uma frase da doutora Amariles Borba onde ela afirmou que a melhor tecnologia contra o mosquito da dengue é o homem ou a mulher, é o trabalho dentro de casa, de prevenção, nenhuma instituição pública ou privada dar conta disso se não tiver o apoio ou a colaboração do homem ou da mulher começando dentro de casa”, disse o superintendente.
Ciríaco destacou que a população deve começar a pensar pelo coletivo e não pelo individual, citando um exemplo da cidade de Água Branca onde existe uma resistência das pessoas de se conectarem a uma rede de esgotos por conta da taxa que deve ser paga.
“Em Água Branca, onde a Funasa financiou o esgotamento sanitário, existe essa resistência por parte dos moradores por conta dessa taxa e isso põe em risco o restante da população. Isso é um exemplo de que nenhuma instituição vai resolver o problema, nem o exército, nem as tecnologias, nem vacinas se não houver a conscientização, a responsabilidade individual que pensem no coletivo. Se não fizerem sua parte nós vamos continuar com esse mesmo problema”, finalizou.