Em meio à polêmica causada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em não reconhecer a regulamentação das vaquejadas, os adeptos dessa cultura em todo o país planejam uma mobilização para esta terça-feira (11) na tentativa de obter seus direitos novamente.
O vereador Samuel Silveira (PMDB), deixou claro o seu posicionamento nesse caso e afirmou que a cultura da vaquejada não pode acabar.
“Essa manifestação tem como objetivo mostrar insatisfação frente a essa agressão que estão tentando fazer com a nossa cultura nordestina. Criminalizar a vaquejada é criminalizar o nosso passado, a nossa história. É não reconhecer a nossa colonização por exemplo, que se deu a partir da lenda do vaqueiro, aquele mesmo vaqueiro que há 100 anos atrás corria no sertão para pegar o gado, quando se afastava da boiada, é o vaqueiro que hoje ganha o seu dinheiro para sustentar sua família através de uma pista, e é bom dizer é toda uma cadeia produtiva, próprio criador de gado cria o gado e em nenhum momento colocaria seu gado na pista se houvesse maus tratos”, declarou.
Segundo o delegado e vereador, a Associação dos Vaqueiros do Estado do Piauí se sente vítima dessa decisão. “Somos vítimas de dois fatores extremamente prejudiciais a sociedade: a ignorância e o preconceito. Podemos falar de uma série de outras atividades que tem mais força no Sul e aqui no Nordeste realmente a grande força que envolve o equino é a vaquejada e as outras atividades não tiveram esse julgamento. Entendemos que o supremo se equivocou gravemente, um julgamento apertado, foi 6 a 5 ficamos bastante entristecidos”, disse.
“Esse movimento que acontece hoje em Teresina não é particular da nossa cidade, se repete em todo o país, é uma terça-feira de um grito de protesto, uma manifestação organizada, queremos ter a nossa cultura valorizada, não sabemos viver sem ela, são 120 mil empregos diretos que a vaquejada gera, basta olhar a movimentação financeira”, afirmou.