Um garoto de apenas 11 anos de idade chamado Luis Neto ajuda financeiramente a família com a venda de bombons. Tudo parecia ser mais um dia de trabalho quando o menino se sentiu humilhado por uma cliente de uma churrascaria ao ser apontado como uma pessoa que nunca seria alguém na vida.
Luis Neto afirmou que chorou com o fato, mas que não vai desistir do sonho de ser defensor público.
“Eu cheguei na mesa para oferecer bombons e escutei a mulher falando para as duas filhas que era para elas estudarem para não ficarem igual a mim vendendo bombons na rua. Eu fiquei muito magoado e chorei”, declarou.
O garotinho faz parte da Família Trufas, onde a família inteira se divide para vender trufas pela cidade. De imediato, o menino não contou para os pais o que aconteceu, mas logo eles perceberam a tristeza do garoto em casa.
“Eles viram que eu estava triste e no café da manhã eu contei para eles, meu pai ficou muito triste e chorou comigo. Eu não vou desistir de vender, se eu pudesse encontrar com ela de novo eu diria para ela que não importa o que as pessoas falem, ou pensem, eu não vou parar de vender bombom e um dia elas vão cruzar o meu caminho e talvez eu seja um defensor público. Eu vendo bombons para ajudar os meus pais e quero muito ser defensor”, afirmou.
O menino que está no 6º ano disse ainda que essa foi a primeira vez que se sentiu humilhado no momento que vendia. “Desse jeito foi a primeira vez, eu via muito as pessoas não deixarem a gente oferecer, olharem com ar de desprezo, mas desse jeito foi a primeira vez”, disse.
O pai da criança, que é acadêmico de direito, afirmou que está com o curso trancado por conta de dificuldades financeiras. “No primeiro momento eu chorei, aí comecei a pensar bem e vi que essa era uma grande oportunidade de ensinar pra ele que ele vai cruzar na vida dele com diversas pessoas dessa maneira e eu agradeço essa pessoa por ter me dado a oportunidade de estar ensinando meu filho para se defender, a vida vai levar muitos desafios para ele. Sou acadêmico de direito, estou com o curso trancado por conta de dificuldades financeiras e o bombom é uma saída que a gente encontrou para ajudar no aluguel”, afirmou.