Sua marca registrada está no repertório brega repleto de músicas dor-de-cotovelo, com a temática dos amores mal-sucedidos e na forma de se vestir (roupa e chapéu pretos e óculos escuros).
Nascido em 13 de maio de 1933 em Caetité, na Bahia, Eurípedes Waldick Soriano foi agricultor, peão, motorista de caminhão e garimpeiro até os 25 anos de idade, quando foi para São Paulo procurar emprego nas rádios da cidade. Seu primeiro contrato profissional como cantor e compositor foi na gravadora Chantecler, onde lançou em 1960 seu primeiro disco em 78 rpm, trazendo os boleros “Quem és tu?” e “Só você”, ambos de sua autoria.
No mesmo ano, Wilson Miranda gravou, de sua autoria, o bolero “Abismo de amor”. No ano seguinte, seu primeiro LP, Waldick Soriano, foi lançado também pela Chantecler.
Ainda em 1961, lançou diversos 78 rpm, com o tango “Dona do meu coração”, parceria com Palmeira, o bolero “Mais uma desventura” (com Hélio Araújo), o merengue “Amor de Vênus” (com Tranzilo) e o bolero “Perdão pela minha dor” (só de sua autoria), entre outras.
Em 1968, mudou para a Continental, gravando Waldick e, em 1970, No coração do povo. Com este disco, obteve dois sucessos nacionais: “Paixão de um homem” e “Carta de amor”, ambos de sua autoria. Em 1972, gravou pela RCA os LPs Eu também sou gente e Ele também precisa de carinho – este último, trazia um de seus maiores sucessos, “Eu não sou cachorro não”, título que virou expressão de uso corrente em vários estados do País.
Participou dos filmes Paixão de um homem (também título de uma de suas músicas), dirigido por Egídio Eccio, em 1972, e O poderoso garanhão (parodiando o filme O poderoso chefão, de Francis Ford Coppola), dirigido por Antônio B. Thomé, em 1973.
Na década de 1990, Falcão – cantor e compositor cearense da nova geração brega – fez uma versão bem-humorada, com letra em Inglês macarrônico, para seu grande sucesso “Eu não sou cachorro não”, intitulando-a de “I’m not dog no”.