É frequente muitas pessoas se questionarem sobre umas massas parecidas com grãos de arroz de cor branco ou amarelada, que vêm da garganta e aparecem na boca. Muitos pensam que são apenas restos de comida, mas não...
Os cáseos amigdalianos apresentam-se como pequenas massas esbranquiçadas ou amareladas de odor extremamente desagradável. O seu nome deriva do latim "caseum", que significa queijo, devido à sua semelhança com uma pequena bolinha de queijo. Formam-se em buracos das tonsilas denominados criptas. São frequentemente associados a uma sensação de desconforto, irritação de garganta e são expelidos durante a fala, tosse ou espirros. Podem ocorrer em qualquer idade e até em indivíduos que nunca apresentaram queixas.
A composição consiste em células epiteliais descamadas da mucosa oral, proteínas salivares e restos alimentares que servirão de substrato alimentar para as bactérias anaeróbicas proteolíticas. Quando essas bactérias digerem as proteínas, são liberadas substâncias que têm mau cheiro, que culminam no mau hálito.
O controle da formação dos cáseos é importante na prevenção de diversas doenças. As bactérias presentes neste processo estão associadas a outros problemas de saúde, como gastrite, pneumonia e doença periodontal.
Os cáseos produzem um mau-hálito extremo (mesmo quando ainda estão presos nas amídalas), além de deixarem um gosto horrível na sua boca (quando se soltam delas). Ao contrário de várias outras (mas não todas) causas de halitose, os cáseos não são necessariamente sinônimo de falta de higiene.
De uma forma mais genérica, para evitar o aparecimento de cáseos, são sugeridos alguns métodos preventivos que podem ser facilmente seguidos, nomeadamente: beber dois litros de água diários, manter uma dieta saudável (frutas, legumes, vegetais folhosos), uso regular de fio dental, limpeza da língua e gargarejos com água morna e sal. O único tratamento definitivo para os cáseos é a remoção das amídalas, através de procedimento cirúrgico.