Apaixonada pelo mar, Maria Helena Nóbrega, de 76 anos, fez a própria praia em casa! Impedida de viajar devido a pandemia, a professora aposentada, toca o projeto desde janeiro deste ano.
A “prainha” foi construída no sítio, onde Maria mora com o marido, a 17 km do centro de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
“Sou doida pelo mar, tudo que é de mar eu gosto. Inventei essa loucura, porque sou baiana”, conta animada.
DE ONDE VEIO A IDEIA
A ideia inusitada surgiu logo depois da pandemia que a impossibilitou de preparar as malas e seguir para o local preferido:
"Eu amo a água do mar. Então decidi, por questão de segurança e saúde, se eu não posso ir até ele [mar], vou trazê-lo até aqui", explicou.
Na casa que já havia uma piscina e que não era usada pela proprietária, Maria Helena explica que utilizou a água de um poço artesiano para colocar a ideia em prática e construir a praia artificial de 150m² com direito a areia, pés de coco e pedras que ajudam na decoração.
O PROJETO
Maria contratou uma equipe e deu todos os detalhes sobre como queria a prainha. O espaço possui pedras, cascatas, cachoeira, piscina, além de ser rodeado por diversas plantas.
A pedido da Maria, a equipe contratada para projetar o lugar, criou um efeito para deixar a areia parecida com a da praia.
São aproximadamente 10 metros de largura, mas a aposentada conta que apesar de pequena, a praia é acolhedora e confortável.
“Já dá para matar a saudade do Nordeste, já é alguma coisa, porque na idade que estou, não dá para fazer a farra que eu fazia”, brinca.
VENDEU O CARRO PARA TORNAR O SONHO REALIDADE
Para tornar o desejo realidade, Maria investiu R$ 200 mil e revela que vendeu até o carro, mas que não se arrepende. A previsão é que a prainha fique pronta daqui a dois meses.
“Falta paisagismo, iluminação na piscina, tochas e vou pedir pra colocar água quente nela também. Eu contratei uma floricultura para trazer algumas plantas exóticas, flores, como bromélias e costela de Adão”, comenta.
A baiana garante que assim que puder, irá viajar para visitar os parentes e aproveitar a praia. Por enquanto, ela segue curtindo a prainha e aliviando a saudade. “Onde não tem o mar, se cria”, afirma.