O Senador Eduardo Girão (Podemos), do Ceará comentou em entrevista à repórter Ranielly Veloso em Brasília, no programa Diálogo Franco, da TV Jornal na manhã desta quarta-feira (12), sobre as divergências de atraso na compra de vacinas da Pfizer pelo governo brasileiro. O ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, o publicitário Fabio Wajngarten é questionado na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado sobre o assunto.
Na comissão, Fabio Wajngarten diz alegar ter provas de que a Pfizer tentou comunicação com o governo mas teve dificuldades. O senador Eduardo Girão aponta que isso pode pesar contra o governo Bolsonaro.
"Só queremos ver a verdade, tem muitas perguntas que precisam ser feitas, hoje me preparei para que a gente tivesse uma realidade do ex-secretário de comunicação, ele era o quê? era lobista da Pfizer? Prestava assessoria, estava no grupo de trabalho do governo? todas essa perguntas precisam ser esclarecidas", disse
O parlamentar questionou a forma como o relator da CPI Covid, Renan Calheiros vem aferindo a comissão.
"Será uma 'guerra de narrativas'. Se você comparar o depoimento do ex-ministro da saúde Mandeta e do atual ministro Marcelo Queiroga é uma coisa abissal, o relator com um foi cordial e com os outros dois ele induziu, intimidou e cortou afirmações no meio, parece que o relatório está pronto", contestou.
Nesta 4ª feira, a comissão investiga o uso do dinheiro federal que foi enviado para cidades e Estados, além de supostas omissões do governo federal no combate à pandemia. Em depoimento na CPI, Fabio Wajngarten detalhou que toda a logística de comunicação das vascina passava pela Secretaria de Comunicação (Ccom)
"Cada ministério tem seu orçamento, pelo que aprendi no tempo que eu fiquei aqui, só tem duas variáveis: o orçamento e o contrato", declarou.
Questinonado sobre qual é o órgão responsável pela execução do orçamento destinado à ações de comunicação no enfrentamento à pandmeia, o ex-secretário não deixou claro como é feita a distribuição. "Não quero comentar uso ilício, eu não entendo da legislação em vigor", afirmou.
Ranielly apurou que informações de bastidores indicam que ele não fala com o atual presidente há mais de três semanas.