Por Francy Teixeira
Cumprindo uma série de compromissos políticos no Piauí, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) concedeu entrevista nesta quarta-feira, 15 de julho, ao Jogo do Poder. Em entrevista aos jornalistas Amadeu Campos, Arimatéa Carvalho, Ananias Ribeiro e Sávia Barreto, a parlamentar confirmou a intervenção no Diretório Municipal, abolindo pautas radicais, como a intervenção militar, ou qualquer outro movimento divergente ao que é defendido pela legenda.
“É uma intervenção e já foi feita quando trocamos com a anuência do nacional, o médico Daniel França. Precisávamos de fato chacoalhar o PSL do Piauí, fazer uma limpeza, tínhamos o próprio presidente gritando pela intervenção, o artigo 142, não podemos deixar que projetos autoritários se tornem maiores”, disse.
Joice ainda complementou. “O que não se pode permitir é que os radicais usem a legenda para fazer esse tipo de manifestação, por isso algumas pessoas não são bem vistas no partido”, disse.
Aproximação com o presidente
No que se relaciona a tentativa de reaproximação feita pelo presidente Jair Bolsonaro, a deputada federal foi categórica. “Prezado não estamos à venda, o presidente fez um movimento de se aproximar do partido que achincalhou, agora ele faz esse movimento tentando oferecer cargos, emendas na tentativa de comprar o partido, como comprou o centrão. Pode ser que um ou outro parlamentar esteja forçando a porteira para uma emenda aqui outra ali, mas não vamos compactuar”, disse.
Joice Hasselmann ainda comentou os ataques promovidos pelos filhos do presidente, destacando a propagação de fake news pelos membros da família Bolsonaro.
“O deputado Eduardo Bolsonaro e os bolsonaristas são tão ignorantes, preguiçosos, que sequer sabem o que cada órgão faz no Congresso, hoje eu sou secretária de Comunicação da Câmara, o deputado fez burramente um tuíte que eu estava usando as redes sociais da Câmara para falar de impeachment, mas ele burramente deixou de dizer que eu não cuido das redes sociais da Câmara, que é comandada por outro órgão. Eles produzem fake news o tempo todo, por maldade, e por ignorância”, disse.
Fundo partidário
Sobre a partilha do fundo partidário do PSL, Hasselmann destacou que o critério será legal e político, ou seja, será analisado quais candidatos têm mais chances de conseguir a eleição. “O critério é o critério legal e político, se houver candidatos que o PSL não quer apoiar, basta não dar legenda, não daríamos legenda, por exemplo, a quem tem bandeira comunista, como também não daremos para intervencionistas”, afirmou.
Ela ainda sintetizou que o presidente do Diretório Estadual, Luís André; e o líder do diretório municipal, Daniel França, estão unidos. “Estão absolutamente alinhados, fazem as reuniões juntos”, disse.
ASSISTA A ENTREVISTA NOVAMENTE NA ÍNTEGRA:
No que se relaciona a alianças em Teresina, Joice informa que não há nada definido. “Quem responde a aliança não é o vereador A, B ou C, é o diretório, é feito de maneira partidária, o que vai ser usado na decisão é o projeto para a cidade, qual a viabilidade, a participação do PSL neste processo, não será puxadinho de ninguém, não pode ser tratado como legenda nanica. Há uma simpatia da bancada pela candidatura do Kleber, agora isso não será decidido desta maneira, vou conversar com o prefeito Firmino Filho, com o candidato dele, e só a partir daí terá uma decisão”, afirmou.
Joice reafirmou que não apoiará candidatos ligados ao PT. “A informação que eu tenho é que o governador tem o seu candidato, que inclusive não está bem nas pesquisas. Todo bastidor será levado em conta e jamais estaremos alinhados ao PT”, disse.