Um açude continua sangrando no Ceará em setembro

Os dados foram obtidos a partir do Portal Hidrológico da Fundação Cearense de Metodologia e Recursos Hídricos (Funceme).

No mês de setembro, o estado do Ceará ainda registra um açude em processo de sangria. Ele se chama Germinal e está localizado em Pacoti, a uma distância de aproximadamente 93,5 km de Fortaleza, na região metropolitana. Esses dados foram obtidos a partir do Portal Hidrológico da Fundação Cearense de Metodologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Atualmente, o volume percentual dos 157 açudes sob monitoramento pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) situa-se em torno de 45,6%. Esse número representa uma redução em relação ao fim da quadra chuvosa, quando atingiu 51%, com 43 açudes em estado de sangria.

Açude Germinal (Foto: Reprodução)

Comparativamente, no mesmo período do ano passado, cinco reservatórios já haviam atingido sua capacidade máxima. No entanto, o volume total dos açudes monitorados era menor, alcançando cerca de 36,2% do volume total.

Vale ressaltar que, apesar do Germinal estar atualmente em sangria, ele é considerado um açude de pequeno porte e tem uma influência limitada no cenário hídrico geral do Estado. A principal influência recai sobre os maiores reservatórios cearenses, que se destacam como alguns dos maiores do Brasil. Os três principais açudes em termos de volume nominal de água apresentam diferentes níveis de aporte.

O Castanhão, localizado em Alto Santo e sendo o maior açude do Brasil, possui apenas 28,7% de sua capacidade atualmente. No entanto, esse percentual corresponde a um impressionante volume de 1.903 hm3 de água, o que é aproximadamente 900 vezes mais do que o Germinal é capaz de armazenar. O açude Orós, situado em Orós, conta com um nível de 61,19%, equivalente a 1.187 hm3 de água. Enquanto o Banabuiú, em Banabuiú, apresenta um índice de 40,46%, representando 620 hm3 de água.

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