Boi: mais um dia de alta para a arroba em São Paulo
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, em São Paulo, a cotação do boi gordo passou de R$ 309 para R$ 310 por arroba. Segundo o analista Fernando Iglesias, o ambiente de negócios sinaliza para novas altas no decorrer do mês de junho, em linha com a tendência de retração do confinamento de primeiro giro. Dessa forma, o mercado deve voltar a sofrer com a restrição da oferta nos próximos meses.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo apresentaram valorização em praticamente toda a curva, sendo que apenas a ponta mais curta teve um leve recuo. O ajuste do vencimento para maio passou de R$ 313,30 para R$ 313,00, enquanto do outubro foi de R$ 343,65 para R$ 345,60 por arroba.
Milho: indicador do Cepea volta a ficar abaixo de R$ 100 por saca
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), voltou a ficar abaixo de R$ 100 por saca pela primeira vez desde o início do mês. A cotação variou -2,43% em relação ao dia anterior e passou de R$ 101,12 para R$ 98,66 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador tem uma alta de 25,44%, e em 12 meses, os preços alcançaram 92,92% de valorização.
Em Chicago, os contratos futuros do milho despencaram. O mercado já mostrava sinais de fraqueza com o clima favorável e com o avanço consistente do plantio nos Estados Unidos, além de notícia de cancelamento de compras por parte da China, os preços recuaram de maneira expressiva. O vencimento para julho caiu 5,63% e ficou cotado a US$ 6,202 por bushel.
Soja: Chicago recua pelo sexto dia consecutivo
As cotações dos contratos futuros da soja negociados em Chicago alcançaram o sexto dia consecutivo de baixas. O clima favorável nos Estados Unidos e a forte baixa do milho pressionaram negativamente os preços da soja. Na comparação diária, o vencimento para julho caiu 0,72% e passou de US$ 15,226 para US$ 15,116 por bushel.
No Brasil, o câmbio compensou a queda em Chicago e o indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de alta dos preços. A cotação variou 0,42% em relação ao dia anterior e passou de R$ 173,55 para R$ 174,28 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 13,24%.
Café: mercado brasileiro tem preços firmes com alta em Nova York
O mercado brasileiro de café teve um dia de preços firmes e seguiu a valorização observada nos contratos futuros do arábica em Nova York, segundo a consultoria Safras & Mercado. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 810/820 para R$ 815/820 por saca na comparação diária.
Em Nova York, o vencimento para julho subiu 1,01% e anulou parcialmente os dois dias anteriores consecutivos de quedas, ficando cotado a US$ 1,505 por libra-peso. O mercado segue operando com alta volatilidade, de olho nos preços do petróleo e no clima seco no Brasil. Ainda que haja certa resistência para maiores avanços, as cotações tentam se manter perto do nível de US$ 1,50 por libra-peso.
No exterior: dados de atividade econômica nos EUA decepcionam
As bolsas dos Estados Unidos reagiram negativamente a dados de atividade econômica no país com resultados um pouco decepcionantes. A confiança do consumidor recuou em maio em relação a abril e ficou abaixo do esperado. Além disso, as vendas de casas novas também foram menores em abril na comparação com março.
O vice-presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Fed), Richard Clarida, reforçou o tom do último comunicado de política monetária de que em algum momento das próximas reuniões haverá a discussão sobre redução do ritmo de compras de ativos. Clarida afirmou também que o Fed depende do fluxo de dados, se referindo principalmente a indicadores de atividade econômica e, sobretudo, inflação.
No Brasil: IPCA-15 de maio fica abaixo do esperado
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA-15 variou 0,44% em maio e ficou abaixo do esperado pelos analistas de mercado (0,55%). Ainda assim, este foi o maior resultado para o mês desde 2016. No acumulado do ano, o indicador tem alta de 3,27% e nos últimos doze meses chegou a 7,27%.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, que trata da reforma administrativa. Foram 39 votos favoráveis e 26 contrários à constitucionalidade do texto. O projeto agora será analisado por uma comissão especial e depois, segue para o plenário da Câmara para ser votado em dois turnos.