Os mototaxistas formam uma categoria que luta há anos para se firmar no mercado e também enfrenta um alto índice de violência. Eles, de forma constante, são vítimas de assalto e de assassinatos.
De 2013 até março deste ano, quatro mototaxistas foram executados por bandidos. Todos os crimes foram por latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, uma realidade que deixa a categoria inteira amedrontada e com uma certa desconfiança de quem está na garupa.
A gente sai de casa e vai dizendo que só Deus sabe a hora que eu vou voltar. A gente vive nessa insegurança, disse um mototaxista.
?Nós temos a segurança de estarmos caracterizados, mas temos a insegurança de estarmos nas mãos dos bandidos. No dia a dia a gente compete com a violência. O bandido anda atrás da gente, mas nos apegamos a Deus, que é a nossa maior proteção?, afirmou um membro da categoria.
Em setembro de 2013, Jonas Martins da Rocha, conhecido como Lourinho, de 30 anos, foi executado a tiros, na Vila da Paz, próximo à BR-343. Os colegas da vítima ainda perseguiram o assassino, mas ele somente foi preso dias depois.
O caso deixou um rastro de revolta e um sentimento de impotência diante de bandidos armados de faca e revolver.
O caso mais recente é do mototaxista Antonio Carlos, que fez uma viagem de Teresina a Timon, quando uma das orelhas do mototaxista foi cortada. ?Foi na hora da luta corporal que ele me agarrou e me mordeu na orelha e arrancou o pedaço.?
A Diretoria tenta conscientizar os filiados, mas também querem que as polícias investiguem quem está fazendo isso com os mototaxistas.
Para o presidente do Sindicato, Ricardo Costa, há algumas medidas de segurança. ?Geralmente na condução, por ele ficar na parte traseira da moto, eles abordam a gente com arma. Eles dizem que querem ficar em certo lugar. Quando for deixar um passageiro em determinada favela ou bairro, que o mototaxista vá por uma rua e volte por outra, pois o bandido muitas vezes fica à espera.?