Quase 5 anos após o assassinato da cabeleireira Aretha Dantas Claro, o caso segue sem solução. O acusado de tamanha barbárie, Paulo Alves dos Santos Neto, que confessou a autoria, nunca foi julgado. Na época do feminicídio, ele foi liberado pela Justiça em janeiro de 2020 devido ao excesso de prisão preventiva. No Quadro “Ronda Mulher, Amar é Respeitar”, do Ronda Nacional, da Rede Meio Norte, o Promotor de Justiça Benigno Filho comentou o caso.
No dia 15 de maio de 2018, por volta das 04h30 o corpo de Aretha Dantas foi encontrado com várias perfurações de faca e múltiplas lesões de atropelamento na Avenida Maranhão, zona Sul de Teresina. No dia seguinte, 16, o assassino Paulo Alves se entregou ao Departamento Estadual de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

“Foi feita a denúncia no prazo legal, não tem como não falar em excesso de prazo. A prisão preventiva dele foi decretada, e o Doutor Nollêto por ele em liberdade, e eu recorri a decisão dele, e até agora o tribunal não se pronunciou ainda a respeito desse meu parecer”, conta o Promotor de Justiça Benigno Filho.
Sem data para o julgamento e solto por decisão judicial, Paulo Alves dos Santos Neto teria que permanecer na capital Teresina até haver algum parecer da Justiça sobre o crime. Entretanto, no dia 17 de abril de 2023, ele foi detido em Parnaíba, Litoral do Piauí, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), dirigindo uma motocicleta embriagado e sem habilitação e documento veicular.
“A Justiça colocou ele em liberdade no dia 17 de maio deste ano e deu a ele umas obrigações e imposições, o qual umas delas, era não se ausentar de Teresina e não beber, e sabe onde ele foi preso? em Parnaíba. Na hora que o Ministério Público tomou conhecimento da prisão (pela PRF), eu fiz um expediente ao magistrado pedindo a cassação deste benefício. Ele (Paulo Alves) não merecia esse benefício, e até agora não temos respostas da Justiça”, explica Benigno Filho.