A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios de Timon, no Maranhão, está concluindo o inquérito policial em torno do assassinato de Joycilene Nascimento Silva, de 32 anos. A vítima foi encontrada morta nas águas do Rio Parnaíba, na zona Norte de Teresina, no dia 6 de setembro.
Em entrevista à TV Meio Norte, o delegado Otávio Chaves, titular da Delegacia de Homicídios de Timon, explicou que as investigações apontam que Joycilene Nascimento foi morta por residir em um bairro dominado por uma facção rival dos envolvidos, que estavam em um baile reggae na cidade onde ela foi vista pela última vez.
O delegado ressalta que Joycilene Nascimento não tinha nenhum envolvimento com facções, passagens pela polícia ou quaisquer problemas na justiça. “A vítima reside no local dominado pela facção A e estava em um local dominado por uma outra facção. Simplesmente por isso. Por ela morar em um local diferente e ela sofreu as agressões que culminaram na morte dela. Ela não tinha nenhum envolvimento com facção ou problema com a justiça, passagem pela polícia, nada disso”, pontua.
O inquérito policial identificou e ouviu pelo menos 6 suspeitos de ligação com o crime, entre homens e mulheres. Duas adolescentes que prestaram depoimento na semana passada confessaram o envolvimento no crime. Joycilene Nascimento foi torturada com socos, chutes e queimaduras.
“Na hora do ocorrido havia em torno de 6 a 7 pessoas lá e dessas e dessas 6 ou 7 a gente já tem a convicção de que 4 efetuaram agressões contra ela; socos, chutes, queimaduras e todos já foram identificados aqui, alguns já prestaram esclarecimentos, principalmente os adolescentes; parte do grupo que estava lá eram adolescentes e alguns a gente está ainda tentando localizar. Há boatos que já haviam se evadido, mas a gente está firme em busca de localizar todos os responsáveis”, completa o delegado.
Além disso, as investigações apontam que ainda há pessoas a serem indiciadas por omissão de socorro, pois segundo o delegado, estavam presente durante as agressões e não acionaram as autoridades competentes ou não interviram na situação.
“Tem algumas pessoas que ainda precisam ser ouvidas, alguns exames periciais que a gente está aguardando pra gente encaminhar pra justiça e indiciar todos os responsáveis. Não só os que agrediram, mas os que estiveram lá e não fizeram nada, se omitiram diante do crime que estava acontecendo. Eles poderiam ter tentado impedir e não aconteceu conforme a gente apurou e nem solicitaram ajuda, não comunicaram a polícia e nem solicitaram socorro. Deixaram o crime acontecer”, finaliza Otávio Chaves.
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* Por Victor Melo e Matheus Oliveira