PM apontado como autor de tiros que vitimaram criança no Ilhotas é intimado

Dayana Gomes, mãe da pequena Débora Vitória, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (14) no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Dayana Gomes, mãe da pequena Débora Vitória Gomes Soares Batista, de 6 anos, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (14) no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), sobre a tentativa de assalto que terminou com a morte de sua filha, na última sexta. Ela chegou de muletas e acompanhada de um tio de sua filha.  Débora Vitória foi sepultada e velada no sábado, sob forte comoção. 

A manicure acusa um policial de ter sido o responsável pelos disparos que vitimaram a criança. A reportagem apurou que ele já foi intimado, mas ainda não se apresentou. O policial é morador da região e seria vizinho da vítima. Mais cedo, a mãe recebeu a equipe da Rede Meio Norte e deu detalhes de como teria ocorrido toda a situação. Bastante abalada, Dayana relatou que Débora teria dado o último suspiro em seus braços, no sofá da casa.

Dayana Gomes, mãe de Débora Vitória, presta depoimento no DHPP (Foto: Rede Meio Norte)

“Eu desci com a moto e ela subiu no tanque da moto na frente. Quando ela subiu, eu só escutei: ‘passa o celular’. E eu entreguei o celular para ele. Ele já tinha parado aqui do meu lado. Quando eu entreguei o celular, ele disse assim: ‘não atira’. Quando ele disse ‘não atira’ eu só senti minha filha caindo do lado aqui e eu já senti ela derramando sangue. Na hora que pegou o tiro nela e ela caiu do meu lado, eu agarrei ela e saí correndo para dentro de casa. Eu nem senti que também estava baleada. Quando eu sentei aqui no sofá com ela, ela deu o último suspiro”, explicou. 

A mãe e a criança ainda foram socorridas, mas a menina não resistiu. Dayana Gomes ressaltou ainda que o suspeito não chegou nem a puxar a arma da cintura. Um envolvido no crime foi preso horas depois. Ela pede por justiça e que o policial apontado também seja responsabilizado. A Meio Norte foi até a casa do policial para buscas um posicionamento, mas o local está fechado. 

“Eu só quero justiça. Quero que o bandido permaneça preso porque ele já assaltou muita gente por aqui. Ele já tinha feito um assalto ali em cima e ele veio e fez isso. E por conta dele o policial; ele não tem preparo nenhum. Não sei nem se ele está na polícia por mérito ou se foi botado. Porque uma pessoa do jeito que ele reagiu, eu tenho certeza que ele não tinha preparo para estar com uma arma na cintura”, desabafou. 

Casa apontada sendo a do policial acusado está fechada (Foto: Rede Meio Norte)

Antônia Gomes, avó de Débora Vitória, lamentou a morte da neta e pediu por mais segurança. “Só o que nós queremos é justiça. Nós não podemos mais viver nesse mundo desse jeito. Nós não temos mais justiça mais, não temos mais segurança na nossa casa, na rua, em qualquer lugar. Minha neta era meu amor, minha vida. Arrancaram um pedaço do meu coração e levaram”, afirma. 

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O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o ‘Baretta’, explicou que um exame de comparação microbalística irá apontar qual arma foi responsável por atingir a criança. 

“Segundo informações foi apreendido um simulacro de arma de fogo e uma arma de fabricação caseira que como se diz, calçava um projétil calibre 38. Mas isso aí quem vai dizer a eficiência dessa arma é o Instituto de Criminalística. Agora, há versões. A mãe, inclusive, eu vi na imprensa que falou que os bandidos não atiraram, que passou uma pessoa e só depois o bandido atirou. Mas essa dúvida será tirada pelo exame de eficiência e também pelo exame de comparação microbalística”, disse o delegado. 

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