Agência de Saúde dos EUA aprova medicação que atua contra Alzheimer

Anunciado nesta quinta, medicamento chamado de “Leqembi” poderá ser utilizado em pacientes adultos.

Medicamento Leqembi, usado no tratamento contra Alzheimer | Reprodução - Foto: Divulgação
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Na tarde desta quinta-feira (6), a agência responsável pela aprovação de alimentos e remédios nos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), anunciou que foi aprovado o uso integral do medicamento chamado Leqembi, que será usado para o tratamento de pacientes com Alzheimer, doença degenerativa que faz a pessoa ter perda de memória gradativa.

“Hoje, a Food and Drug Administration dos EUA converteu Leqembi, indicado para tratar pacientes adultos com doença de Alzheimer, para aprovação tradicional após a determinação de que um estudo confirmatório verificou benefício clínico”, afirmaram em nota.

De acordo com dados dos resultados clínicos, desde janeiro, o medicamento Leqembi já havia passado por uma aprovação preliminar, onde foi encaminhado para o processo de Aprovação Acelerada. Esse processo faz com que o FDA aprove medicamentos para condições de doenças graves, em que existe uma necessidade médica não atendida. De acordo com uma testagem feita, chamada de “Estudo 301”, no qual foi baseada a aprovação do medicamento, cerca de 1.795 pacientes com doença de Alzheimer foram envolvidos.

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O tratamento com o medicamento foi testado em pacientes que possuíam um comprometimento cognitivo leve ou o estágio de demência leve da doença. Os pacientes foram submetidos a uma proporção de 1:1, para receberem placebo ou Leqembi na dose de 10 miligramas (mg), que seria dado uma vez a cada duas semanas. Em comparação com o remédio placebo, o medicamento Leqembi demonstrou uma redução considerada significativa e clinicamente positiva nos índices da Escala de Avaliação Clínica da Demência.

O FDA, no dia 9 de junho, convocou o Comitê Consultivo de Drogas do Sistema Nervoso Periférico e Central para discutir os resultados do Estudo 301, se ele realmente forneceu evidências de benefício clínico para o tratamento de Alzheimer. Durante a votação, todos os membros do comitê votaram afirmativamente que o estudo havia tido resultados positivos e que o Leqembi poderia ser indicado no tratamento da doença.

O Alzheimer é um distúrbio cerebral irreversível e progressivo, a doença afeta mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. A entidade Alzheimer’s Disease International fez uma previsão de que esses números possam aumentar e irem para 74,7 milhões até 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento precoce da população. 

A doença, com o passar do tempo, vai destruindo lentamente as habilidades de memória e pensamento e, com o avanço, acaba impossibilitando o paciente de realizar tarefas simples. Apesar das causas específicas da doença ainda não serem totalmente conhecidas, a mesma é caracterizada por alterações no cérebro, resultando na perda de função dos neurônios e de suas conexões. 

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