Não é segredo para ninguém que o consumo de refrigerantes pode trazer um série de prejuízos à saúde. Por conta disso, já faz um tempo que a OMS (Organização Mundial de Saúde) alerta sobre os risco do consumo excessivo dessa bebida. Por conta disso, a entendida sugeriu, recentemente, que os impostos sobre o produto sofram um aumento, com o objetivo de inibir o seu consumo.
No Brasil, a preocupação em relação aos seus riscos ronda desde os consultórios de pediatria até os de geriatria. E há motivos para isso. O Instituto de Efectividad Clinica y Sanitária (IECS) coordenou um estudo que revela o impacto da ingestão de bebidas açucaradas artificialmente para a saúde em toda a América Latina.
A pesquisa mostrou que o consumo médio de cada brasileiro é de 61 litros de bebida açucarada por ano. Além disso, o estudo apontou que, no Brasil, existem 2,2 milhões de pessoas com obesidade ou sobrepeso devido ao consumo deste tipo de bebida. A pesquisa foi realizada no país com a contribuição do Vigitel, sistema de pesquisa do Ministério da Saúde, feito por telefone.
Esteatose Hepática
Dentre os prejuízos que o consumo exagerado de refrigerantes pode causar à saúde, está a Esteatose Hepática, também conhecida como gordura no fígado, que é uma doença traiçoeira e silenciosa. Se não for devidamente tratada, a Esteatose Hepática pode evoluir para doenças mais graves, como aquelas relacionadas ao coração e até mesmo alguns tipos de câncer.
Médicos e pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo fizeram recentemente um alerta importante em relação a esse problema. Eles afirmam que o acúmulo de gordura no fígado, causado pelo consumo excessivo de refrigerantes, pode dar origem a uma cirrose, que também é um estágio preocupante da Esteatose Hepática.
Informações técnicas
Segundo o Ministério da Saúde, a Esteatose Hepática acontece quando as células do fígado são infiltradas por células de gordura. É normal haver presença de gordura no fígado, no entanto quando este índice chega a 5% ou mais o quadro deve ser tratado o mais brevemente possível. Se não tratada corretamente, a Estatose hepática pode provocar, a médio e longo prazo, uma inflamação capaz de evoluir para quadros mais graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer no fígado.