Embora a demência seja mais comum em pessoas com mais de 65 anos, a idade não é o único fator que contribui para o desenvolvimento dessa condição. Na realidade, estima-se que cerca de 40% dos casos de demência poderiam ser prevenidos por meio de mudanças específicas no estilo de vida. Recentemente, um estudo fez uma importante conexão entre o consumo de nozes e a redução do risco de demência.
A pesquisa, que foi publicada no periódico GeroScience, foi conduzida por uma equipe de cientistas da Espanha e de Portugal. O estudo analisou dados de 50.386 participantes com idades entre 40 e 70 anos. Os participantes foram divididos em grupos com base em seu consumo de nozes, hábitos de vida, estado geral de saúde e diagnósticos de demência.
Redução do risco
Com base no consumo de nozes, os participantes foram categorizados de acordo com a frequência com que ingeriam esse alimento. Os resultados mostraram que aqueles que consumiam nozes regularmente tinham 12% menos chances de desenvolver demência em comparação com os que não consumiam.
A redução do risco foi ainda mais pronunciada entre os participantes que ingeriam nozes diariamente, com uma porção moderada de aproximadamente 30 gramas por dia. Além disso, as nozes sem sal foram identificadas como as mais benéficas para a saúde cognitiva.
Esses resultados complementam descobertas anteriores que sugerem que a dieta mediterrânea está entre as mais eficazes para reduzir o risco de demência. A dieta mediterrânea é caracterizada por um alto consumo de alimentos vegetais, como nozes, feijões e grãos integrais, além de frutas, vegetais e gorduras saudáveis, como peixes oleosos e azeite de oliva. Estudos demonstram que esse padrão alimentar tem um impacto positivo na saúde cerebral, ajudando a prevenir doenças cognitivas como a demência.