Fazer exercícios físicos, levar a sério a dieta e perder peso. Essas são as metas de ano novo para muitas pessoas. Quando janeiro começa, as inscrições nas academias aumentam exponencialmente, assim como a procura por nutricionistas, personal trainers e um estilo de vida dito como saudável. Mas quem disse que contar calorias e brigar com a balança é o padrão a ser seguido? No espelho, você pode até ficar satisfeito com o que vê a princípio, mas a longo prazo dietas restritivas podem trazer mais prejuízos do que benefícios.
"Além de desregular a nossa sensação de saciedade e fome, esse tipo de regime também reduz a nossa taxa metabólica basal, que é a quantidade de energia que o corpo gasta quando está em repouso. Dessa maneira, a pessoa vai ter mais dificuldade para perder peso no futuro", explica a nutricionista Aline Monteiro, especializada em transtornos alimentares pela USP (Universidade de São Paulo) e que atende na Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (BA).
É por isso que muitas vezes, quando um indivíduo desiste da dieta, ele acaba ganhando o mesmo peso de antes ou até mais. "Ele até emagrece no começo, mas chega um momento que não consegue mais, e aí vem a frustração", diz a especialista.
Visando melhorar a relação das pessoas com a comida, a psicóloga e pesquisadora Blair Brunette, da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, dá algumas dicas de resoluções nutricionais para esse ano —e nenhuma delas inclui se privar de algum tipo de alimento, a não ser que haja alguma alergia ou intolerância.