Segundo dados do Ministério de Saúde, estima-se que no Brasil, ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto e que a cada 5 a 7 casos, ocorra um óbito. No mundo mais de 17 milhões de pessoas morrem por ano vítimas de doenças cardiovasculares. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, você já se questionou se existem fatores que aumentem a probabilidade de sofrer um infarto?
Um estudo irlândes revelou que as chances de ter um ataque cardíaco aumentam 13% às segundas-feiras. “Encontramos uma forte correlação estatística entre o início da semana de trabalho e a incidência de ataques cardíacos. É razoável presumir que isso deve estar relacionado à alteração do ciclo de sono no início da semana”, explicou o cardiologista Jack Laffan, um dos autores do estudo, durante entrevista ao British Heart Foundation.
A pesquisa analisou dados de 10.528 pacientes internados em hospitais entre 2013 e 2018, que possuem o tipo mais grave de ataque cardíaco, o do miocárdio com elevação do segmento ST. Além disso, a pesquisa trouxe evidências de que os infartos são mais recorrentes nas primeiras horas da manhã e em temperaturas baixas. E que, ainda conforme os pesquisadores, domingo é o segundo dia da semana com risco mais elevado.
Apesar de alguns palpites, os médicos ressaltam que o método de pesquisa utilizado não é capaz de justificar o motivo da correlação entre estes dias da semana e o ataque cardíaco. “Agora precisamos desvendar o que há em certos dias da semana que os torna mais prováveis para o ataque cardíaco. Isso pode ajudar os médicos a entender melhor essa condição mortal para que possamos salvar mais vidas no futuro”, finalizou Nilesh Samani, o diretor da British Heart Foundation.
Mulheres maiores vítimas
De acordo com o cardiologista do HCor – Hospital do Coração, Leopoldo Piegas, as mulheres estão a cada ano mais expostas ao risco, pois cerca de 40% apresentam aumento da cintura abdominal, mais de 20% fumam, 18% são ex-fumantes, 23% têm seus níveis de pressão arterial acima do preconizado e 21% possuem alteração dos níveis de colesterol, além de estarem cada vez mais inseridas no mercado de trabalho e, portanto, acumulam o estresse do trabalho com o dos cuidados da família, comprometendo em muito a qualidade de vida.
As mulheres ganham cada vez mais espaço dentro dessa estatística. Atualmente, cerca de 30% dos casos de infarto têm mulheres como vítimas. Estudos constatam que elas têm uma chance maior de morte depois de instalado o Infarto. No Brasil, mais de 200 mulheres morrem por dia vítimas de Infarto, sendo as cardio e cerebrovasculares a principal causa de morte entre elas, chegando a matar seis vezes mais que o câncer de mama, onde temos campanhas já bem estabelecidas.