É assim que Miastenia Grave realmente é; entenda causas e sintomas

Junho é o mês de conscientização sobre a miastenia grave

Os picos de ocorrência da doença variam entre 20 e 34 anos para a população feminina, e de 70 a 75 anos para homens | Reprodução: Internet
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A Miastenia Grave é uma condição autoimune que se manifesta através da fraqueza muscular. Desde pálpebras caídas até dificuldade para andar, esta doença neuromuscular tem diferentes níveis de gravidade e pode impactar a vida dos pacientes de diferentes maneiras. Conheça, a seguir, um pouco mais dessa doença, incluindo suas causas, sintomas e tratamentos.

O que é Miastenia Grave? 

A Miastenia Grave é uma condição de doença autoimune que afeta a comunicação entre nervos e músculos, também conhecida como junção neuromuscular. As pessoas que sofrem de MG perdem o controle voluntário de seus músculos e também experimentam fadiga e fraqueza muscular. Algumas pessoas perdem a capacidade de mover os músculos da face, olhos, pescoço e membros.

Existe uma cura? 

Não existe uma cura para esta doença neuromuscular, mas os tratamentos podem ajudar a controlar a condição, e algumas pessoas podem alcançar a remissão. Estima-se que a MG afete cerca de 20 em cada 100.000 pessoas. Cerca de 36.000 a 60.000 sofrem da doença apenas nos Estados Unidos. Mas as estatísticas podem não ser precisas porque casos leves podem nunca ser diagnosticados.

No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Miastenia (ABRAMI) cerca de 1.500 novos casos surgem a cada ano. Estima-se haver cerca de 40 mil miastênicos no País. De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência da doença varia de 1 a 9 por milhão de habitantes, e a prevalência de 25 a 142 por milhão de habitantes, havendo um predomínio em mulheres. Sendo que os picos de ocorrência da doença variam entre 20 e 34 anos para a população feminina, e de 70 a 75 anos para homens.

Fatores de risco 

Há uma série de fatores de risco quando se trata de desenvolver MG. Estes incluem um histórico de outras doenças autoimunes (por exemplo, artrite reumatoide, lúpus, etc.) e doenças da tireoide. O risco aumenta para aqueles que tomam medicamentos para malária, câncer ou arritmias cardíacas. Pessoas que passaram por procedimentos cirúrgicos também correm mais risco.

  • Miastenia Grave - Ocular

Uma das formas mais comuns de MG autoimune é ocular. É quando os músculos que movem os olhos e as pálpebras são afetados e ficam enfraquecidos. Pessoas com MG ocular podem lutar para manter os olhos abertos, as pálpebras podem cair ou a visão pode ser comprometida.

  • Miastenia Grave - Generalizada

É quando a fraqueza muscular causada pela MG começa a afetar outras áreas, incluindo face, pescoço e membros. Os pacientes podem ter dificuldade para falar ou engolir, levantar os braços acima da cabeça, levantar de uma cadeira, subir escadas ou caminhar distâncias maiores.

O que causa a Miastenia Grave?

Como outras condições autoimunes, as causas da Miastenia Grave são desconhecidas. As pessoas que sofrem de MG produzem anticorpos que destroem os receptores nervosos no tecido muscular e, portanto, bloqueiam a comunicação nervosa normal.

  • Sintomas

Inicialmente, os músculos começam a ficar mais fracos durante a atividade, recuperando sua força após algum descanso. Mas a MG também pode desencadear outros sintomas, como visão dupla, pálpebras caídas (ptose), dificuldade para andar, falar, mastigar e engolir. As pessoas com MG também podem ter dificuldades com o movimento do pescoço, incluindo manter a cabeça erguida. Fraqueza nos membros também é um sintoma comumente relatado entre os pacientes.

  • Tratamento 

Como a Miastenia Grave não tem cura, o tratamento deve ser feito para equilibrar a doença e prevenir que o paciente venha a ter crises. Ele começa com medicamentos inibidores da enzima acetilcolinesterase. Depois, costumam ser receitados corticoides, imunossupressores e anticorpos monoclonais.

Também fazem parte da relação de tratamento, o plasmaferese, que é uma técnica que filtra parte do sangue para retirar elementos que possam causar ou piorar a doença. E há também o tratamento com imunoglobulina, quando são injetados na veia do paciente anticorpos que alteram o sistema imunológico temporariamente, prevenindo as dores

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