O papa Francisco, de 86 anos, passa na tarde desta quarta-feira (07) por uma cirurgia no abdômen, que será realizada no Hospital Gemelli, em Roma. Segundo o Vaticano, devido ao procedimento, ele deve ficar internado alguns dias para se recuperar. O Vaticano informou ainda que os médicos que acompanham o papa decidiram nos últimos dias que a cirurgia é necessária.
O porta-voz Matteo Bruni informou que uma hérnia está "causando sintomas recorrentes, dolorosos e agravantes". "No início da tarde, ele será submetido a uma laparotomia na parede abdominal sob anestesia geral", detalhou Bruni. "A internação vai durar vários dias para permitir o pós-operatório normal e a recuperação total", completou.
Nesta quarta-feira, no início da manhã, o papa Francisco cumpriu sua agenda normalmente, quando realizou audiência semanal, sem mencionar a realização da cirurgia. Na terça-feira (06), o pontífice esteve no mesmo hospital de Roma, onde fará a cirurgia, para realizar exame de rotina que havia sido agendado, após ter sido internado com um quadro de bronquite.
O que é a hérnia
A hérnia é um problema que se dá quando um pequeno pedaço de órgãos digestivos escapa por um pequeno espaço que se abre nas camadas de músculo ou outros tecidos que revestem e protegem essa parte do corpo. Esse espaço costuma aparecer por causa de malformações ou porque estas paredes protetores ficam enfraquecidas. O órgão que escapou pode sofrer com estrangulamentos e a restrição da chegada de sangue na região.
Não é comum que as hérnias apresentem muitos sintomas no estágio inicial. No entanto, é preciso ficar atento, pois se não forem diagnosticadas e tratadas, elas podem provocar dores e inchaço. Com o passar do tempo estes sintomas podem se agravar, as dores podem ficar mais intensas, causando dificuldades para evacuar, tossir, levantar peso ou ficar em pé por longos períodos.
Segundo pesquisas, as hérnias são mais comuns entre homens e atingem mais aqueles com idade mais avançada. O principal tratamento para esta doença é a cirurgia laparoscópica, na qual os médicos manipulam os instrumentos cirúrgicos por meio de pequenos buracos feitos a partir da pele. No entanto, em alguns casos, pode ser mais indicado fazer uma operação aberta, com cortes maiores.