Um estudo realizado pela National University Bangladesh, no sul da Ásia, mostra que a dieta mediterrânea é capaz de reduzir o risco de uma pessoa ter Alzheimer em até 53%. A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores fizeram um levantamento de artigos disponíveis em plataformas como Scopus, PubMed e Google Scholar. As publicações utilizadas fazem uma verificação das relações entre as dietas, mal de Alzheimer e condições socioeconômicas em estudos preventivos da doença de Alzheimer, segundo publicou o Sport Life.
A partir disso, os estudiosos perceberam que o ômega-6, nutriente encontrado em quantidades significativas em nozes e peixes, desempenha a maior parte das funções na depuração de Aβ, a transtirretina. Além disso, eles constataram ainda que a vitamina D inibe a apoptose Aβ fibrilar induzida.
Com isso, os pesquisadores alegam que a dieta mediterrânea é capaz de reduzir o risco de Alzheimer em um percentual que varia de 35% a até 53% no caso de pessoas que cumprem moderadamente. Já os indivíduos que seguem essa dieta por um longe período possuem um risco de 39% a 54% menor de desenvolver a doença.
A única ressalva feita pelos estudiosos é sobre o alto custo da dieta mediterrânea, que deixa dúvidas em relação á eficácia da prevenção no caso de dietas leves. Os estudiosos que lideraram a pesquisa foram Nusrat Zahan Bhuiyan, Md. Kamrul Hasan, Zimam Mahmud, Md. Sabbir Hossain e Atiqur Rahman.
O que é e como fazer a dieta mediterrânea
Essa é uma dieta feita à base de alimentos frescos e naturais, como vegetais, legumes, frutas, oleaginosas e grãos. Peixes ricos em ácidos graxos, pequena quantidade de carne vermelha e frango também fazem parte desse plano alimentar. “Os pesquisadores elencam três tipos de dietas e dividem o estudo em primária e prevenção secundária para as doenças de Alzheimer. Além da mediterrânea, uma outra dieta é a dieta Dash, que é meio que uma dieta aprovada para diminuição e modulação da hipertensão. Envolve como se fosse uma diretriz para minimizar as doenças neurodegenerativas”, comenta o professor universitário e nutricionista esportivo da Integralmédica Jean Silvestre, em entrevista ao Sport Life.