Guilherme Gandra, de 8 anos de idade, acordou de um coma induzido de 16 dias e as imagens dele em vídeo abraçando sua mãe, Tayana Gandra, ainda no hospital, após despertar, ganharam as redes sociais e emocionaram os usuários. Esse era o primeiro encontro dos dois após dias de apreensão.
O menino deu entrada, no dia 5 de junho, em um hospital da zona oeste do Rio de Janeiro. Ele teve um resfriado que acabou se agravando e evoluiu para uma pneumonia. Por causa disso, Guilherme precisou ser entubado e ficou 16 dias em coma. Foram dias de aflição para a mãe do menino e toda a família.
O ambiente hospitalar, no entanto, é familiar paraGuilherme. Ele tem epidermólise bolhosa, doença que foi diagnosticado assim que ele nasceu. Esse é um problema raro que atinge quatro crianças em um milhão no País, segundo dados do Ministério da Saúde. Por causa disso, o menino já passou por oito cirurgias e 23 internações.
A doença
Epidermólise bolhosa é uma doença não contagiosa, autoimune e para a qual não há cura. A condição é resultado de uma alteração na proteína responsável pela ligação da epiderme (parte externa que protege o corpo) e a derme (parte interna composta de vários tipos de tecido que cumprem diferentes funções).
A pele do paciente que tem essa doença fica sensível e frágil. A pessoa que convive com a Epidermólise Bolhosa é mais suscetível a ter lesões de pele, tanto na parte externa quanto interna do corpo, como nas vias aéreas. Essa condição é chamada de doença da boboleta, por deixar os pacientes com a pele frágil como as asas deste animal. E os pacientes são chamados de crianças borboletas, por conta disso.
A mãe de guilherme, que é nutricionista, explica que ele tem grandes dificuldades para crescer e ganhar peso. Segundo ela, por conta da doença, parte dos nutrientes presentes no organismo são usados pelo corpo para fazer a cicatrização das feridas que abrem na pele sensível do menino.
Encontro
Outra imagem de Guilherme que também emocionou a internet foi o encontro dele com Rodrigo Dinamite, filho de Roberto Dinamite. O menino é vascaíno e conquistou até os torcedores de outros clubes, com sua emoção e alegria ao receber das mãos do filho do maior ídolo do clube carioca a camisa 8 do histórico atacante, que morreu em janeiro deste ano.