Os resultados de um novo medicamento contra a obesidade deixaram a comunidade científica mundial entusiasmada. O fármaco promete contribuir para que pacientes com obesidade consigam bons resultados na redução de peso, o que ajuda a melhorar a saúde principalmente de quem sofre de diabetes e outras complicações clínicas.
De acordo com o resultado das pesquisas, o medicamento imita os efeitos da atividade física no corpo e já mostrou bons resultados em testes com animais. Quando testado em ratos, o remédio estimulou o metabolismo, pois os músculos entenderam que o corpo estava se exercitando mais do que realmente estava. O estudo foi publicado na revista Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics.
“Este composto basicamente diz ao músculo esquelético para fazer as mesmas mudanças que você vê durante o treinamento de resistência. Quando você trata ratos com a droga, você pode ver que todo o metabolismo do seu corpo passa a usar ácidos graxos, o que é muito semelhante ao que as pessoas usam quando estão em jejum ou se exercitando. E os animais começam a perder peso”, declarou o professor de farmácia da Universidade da Flórida, Thomas Burris, que liderou a pesquisa, em comunicado.
Período de testes
O medicamento ainda se encontra em período de testes, que estão sendo realizados em ratos obesos. Diferente de remédios tradicionais, como Ozempic, Wegovy, Mounjaro, ele estimula uma via metabólica natural e não tem efeito sobre o apetite. Este fármaco pertence a um grupo de substâncias chamadas de “miméticas do exercício”.
No estudo, os ratos que tomaram o medicamento duas vezes por dias tiveram um ganho de gordura 10 vezes menor do que aqueles que não receberam o medicamento, e perderam 12% do peso corporal. Todos os animais do estudo permaneceram se alimentando da mesma forma, com a mesma quantidade de comida, e praticando a mesma quantidade de exercícios durante um mês.
Além dos efeitos já relatados, o novo medicamento também contribuiu para que os ratos conseguissem correr quase 50% mais distante do que antes. Até o momento não há registro de efeitos colaterais do remédio. O próximo passo do estudo é transformar o remédio em comprimidos. Mas antes de ser testada em humanos, ela continuará em testes com animais.