Pesquisa Datafolha na cidade de São Paulo divulgada no final de semana é alvissareira para Lula. 45% avaliam o governo como ótimo, 29% regular e 25% ruim. 68% aprovam, 32% desaprovam. O Presidente avança para além dos votos que ele e os candidatos do partido obtiveram nas últimas eleições presidenciais no maior colégio eleitoral do País. 2010 ( Serra 56%, Dilma 44%), 2014 ( Aécio 64%, Dilma 36%), 2018 ( Bolsonaro 60%, Haddad 40%) e em 2022 (Lula 54%, Bolsonaro 46%).
No mesmo dia, o Diretório Nacional do PT anunciou a resolução para as próximas eleições e um ponto foi trabalhado pelo Presidente. O partido não veta alianças com siglas. A única proibição é a candidatos que defendam as afronésias bolsonaristas. Quer dizer, o PT pode coligar com todos, inclusive com o PL de Bolsonaro, desde que não seja um candidato da tropa obumbrada do Capitão.
Lula sabe que, mesmo inelegível, Bolsonaro é o líder da oposição e será um grande eleitor. Por isso, quer empurrá-lo para o canto extremo do cenário político, isolando-o e reduzindo seu poder de influência.
Outro trabalho feito pelo Presidente nos bastidores é com Gilberto Kassab, que é conselheiro político do Governador de São Paulo. Lula quer que ele convença Tarcísio de Freitas a disputar uma reeleição tranquila em 26 para só em 30 buscar a presidência.
O sonho de Lula é ter como adversário na reeleição um nome como Romeu Zema, Eduardo Leite ou Ratinho Júnior. Precisa combinar com russos e ucranianos.