Por Francy Teixeira
Em entrevista concedida nesta quarta-feira, 24 de maio, à jornalista Rany Veloso, o relator do arcabouço fiscal, Cláudio Cajado, explicitou o trabalho feito para que o texto fosse aprovado com ampla maioria na Câmara Federal. Do Partido Progressistas, que compôs a chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição passada, o parlamentar teceu elogios ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) pela disponibilidade em esclarecer os questionamentos, atuando para que a proposta recebesse a anuência da Casa Legislativa.
"Quero parabenizar o ministro Fernando Haddad, sempre cortês, sempre disposto a conversar", disse.
Cajado pontuou sobre a falta de uma base sólida do Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, negando que no seu caso ele tenha feito pedidos ao presidente para que a matéria fosse avalizada. "Se o Lula tiver outro relator como eu não terá dificuldade nenhuma, porque não pedi nada", cravou sobre a reforma tributária.
Porém, Cajado disse que 'negociar votação a votação', como vem sendo sinalizado por Lula, 'é o pior dos mundos''. "Creio que vai exaurir, não cumpriu você perde a confiança, espero que o Governo crie uma base", cravou.
O deputado federal indicou que é possível que essa base seja construída, ele vê boas intenções. "O Governo precisa se organizar, eu pelo que tem boas intenções e pode corrigir o rumo", complementou.