Exclusivo Wellington Dias prevê crescimento acima do esperado e pressiona Campos Neto

De acordo com o ministro, todos os sinais estão sendo dados e não há mais justificativa para que os juros continuem no atual patamar.

Em entrevista exclusiva à coluna após cumprir agenda no Piauí, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), voltou a tecer críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela manutenção da taxa Selic em 13,75% 

O auxiliar do Governo Lula indicou que o pessimismo está sendo derrotado e prevê um crescimento na economia do país acima de 2% em 2023. De acordo com o ministro, todos os sinais estão sendo dados e não há mais justificativa para que os juros continuem no atual patamar 

Leia Mais

“Creio que se a gente for olhar nesse instante, estamos derrotando o pessimismo, veja que abrimos o ano quando se dizia ‘ah, o Brasil não vai crescer, vai crescer 0,5%’ por que que se dizia? Porque há dez anos o país tá crescendo baixo, e agora quando o Lula assume faz um plano, hoje todo mundo mais pessimista sabe que vamos crescer igual a 2% ou mais, eu acho que vai ser mais de 2%, a inflação controlada, temos a aprovação do Marco Regulatório Fiscal, nós temos agora mais renda, não só com o Bolsa Família, os programas sociais, mas mais renda, o dinheiro circulando porque as obras retomaram, e agora o ‘Minha Casa, Minha Vida’, o salário mínimo com ganho real, tudo isso faz circular dinheiro na economia”, afirmou.  

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome pontuou na entrevista que só no Piauí serão aplicados cerca de R$ 7 bilhões com os programas sociais e que esse cenário será replicado em todo o país.  

Wellington Dias demonstrou otimismo quanto aos rumos fiscais, reverberando que o Banco Central precisa agir tecnicamente e não politicamente.  

“Veja que num Estado como o Piauí, o Bolsa Família vai colocar R$ 4,6 bilhões, serão cerca de R$ 7 bilhões com os demais programas, fora as obras, as ações, fora as ações, os investimentos privados, então essa realidade do Piauí será uma realidade no Brasil inteiro, então eu tô animado, otimista e acho mesmo que os juros não faz mais nenhum sentido estar nesse patamar, então não pode a direção do Banco Central na minha opinião agir politicamente, tem que ser tratado tecnicamente, e tecnicamente olhando os dados macroeconômicos, os dados que um Banco Central deve considerar, nada justifica a taxa de juros atual”, concluiu.  

Wellington Dias em evento no Piauí na última quarta (14) (Foto: Roberta Aline)20 milhões fora da linha da extrema pobreza

Cumprindo agenda no Piauí na quarta-feira, 14 de junho, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), sinalizou que até julho cerca de 20 milhões de pessoas terão deixado a linha da extrema pobreza no Brasil com o novo Bolsa Família, que trouxe, por exemplo, um valor extra para crianças de até seis anos.  

Questionado se recebeu o MDS como ‘terra arrasada’, o ministro do Governo Lula confirmou que sim, e teceu críticas ao modo como os recursos eram empregados na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) 

“Sim, veja que se colocava tanto dinheiro e tanta gente na pobreza, as pessoas vão perceber cada vez mais que a gente vai ter mesmo uma quantidade grande de pessoas, agora mesmo junho/julho já serão mais de 20 milhões de pessoas que por esse modelo do novo Bolsa Família já irão sair da extrema pobreza, já vão ter um dinheirinho certo todo mês, assim o novo Bolsa Família, para tomar café, almoçar, jantar, para despesas básicas, mas não para por aí”, disse.  

O ministro do ‘coração’ da gestão federal reverberou que o foco está em ampliar as oportunidades para os mais vulneráveis, usando o Cadastro Único também como um banco de dados para os empreendedores que quiserem colaborar na missão de ampliar a renda da população mais pobre, de modo que ela não precise mais do auxílio do Governo para o básico.  

“Como eu disse, o que queremos é também abrir oportunidades, essas pessoas vivem uma situação que muita gente já viveu, quem já viveu pobreza, quem já passou fome, sabe que em algum momento venceu a fome, venceu a pobreza porque alguém deu a mão e aqui estamos juntando cada município, cada Estado, cada órgão federal, cada empresa, as empresas do setor privado, os escritórios, os serviços, que tal a partir de agora na hora que for contratar alguém for lá no Cadastro Ùnico e dar a oportunidade a quem está ali, é esse caminho vai tornar o Brasil vitorioso”, cravou.  

Carregue mais
Veja Também
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.


Tópicos
SEÇÕES