Cumprindo agenda no Piauí na quarta-feira, 14 de junho, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), sinalizou em entrevista exclusiva ao MEIONORTE que até julho cerca de 20 milhões de pessoas terão deixado a linha da extrema pobreza no Brasil com o novo Bolsa Família, que trouxe, por exemplo, um valor extra para crianças de até seis anos.
Questionado se recebeu o MDS como ‘terra arrasada’, o ministro do Governo Lula confirmou que sim, e teceu críticas ao modo como os recursos eram empregados na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
“Sim, veja que se colocava tanto dinheiro e tanta gente na pobreza, as pessoas vão perceber cada vez mais que a gente vai ter mesmo uma quantidade grande de pessoas, agora mesmo junho/julho já serão mais de 20 milhões de pessoas que por esse modelo do novo Bolsa Família já irão sair da extrema pobreza, já vão ter um dinheirinho certo todo mês, assim o novo Bolsa Família, para tomar café, almoçar, jantar, para despesas básicas, mas não para por aí”, disse.
O ministro do ‘coração’ da gestão federal reverberou que o foco está em ampliar as oportunidades para os mais vulneráveis, usando o Cadastro Único também como um banco de dados para os empreendedores que quiserem colaborar na missão de ampliar a renda da população mais pobre, de modo que ela não precise mais do auxílio do Governo para o básico.
“Como eu disse, o que queremos é também abrir oportunidades, essas pessoas vivem uma situação que muita gente já viveu, quem já viveu pobreza, quem já passou fome, sabe que em algum momento venceu a fome, venceu a pobreza porque alguém deu a mão e aqui estamos juntando cada município, cada Estado, cada órgão federal, cada empresa, as empresas do setor privado, os escritórios, os serviços, que tal a partir de agora na hora que for contratar alguém for lá no Cadastro Ùnico e dar a oportunidade a quem está ali, é esse caminho vai tornar o Brasil vitorioso”, cravou.
Bolsa Família e empregabilidade
Em Teresina, o ministro ampliou as ações do Poder Executivo Federal direcionadas à inclusão socioeconômica dos beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família.
Na ocasião, foi assinado o acordo de cooperação com o Grupo Vanguarda, da empresária Van Fernandes. A expectativa com a parceria é contratar por volta de 200 pessoas nos estados do Piauí e Maranhão no ano de 2023 para atuar no segmento de supermercados.
A iniciativa vem sendo replicada país afora, sendo capitaneada pela Secretaria de Inclusão Socioeconômica (Sisec) do MDS. O Plano Aprender e Empreender engloba os eixos do empreendedorismo, qualificação profissional e intermediação de mão de obra, além do acolhimento e preparação para o mundo do trabalho e da geração de conhecimento para a disseminação de boas práticas e experiências afirmativas de inclusão produtiva para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A Secretária de Assistência Social do Piauí, Regina Sousa (PT), sinalizou que agora se encontrou de fato o programa de inclusão social, e de acordo com ela, o foco deve ser os mais humildes, tratar os desiguais como desiguais, para que possam ser atendidos por ações do Governo e consequentemente, tenham a oportunidade de ascender socialmente.
Emocionada, a empresária Van Fernandes, presidente do Grupo Vanguarda, citou as batalhas que enfrentou até obter o primeiro emprego, tendo orgulho de participar do programa. “Isso aqui representa a vida, representa propósito, uma caminhada, experiência, respeito e fora isso quantos benefícios, quem tem essa carteira não tem só um salário, mas tem todos os seus direitos garantidos, tem a segurança de você saber que tem um patrimônio, que é o seu trabalho e essa carteira transformou a Van Fernandes no que hoje ela é”, explicitou.
Por sua vez, Wellington Dias pontuou o quão o Governo Federal tem batalhado para tirar mais uma vez o Brasil do mapa da fome e trazer oportunidades aos mais vulneráveis. O ministro frisou que não é somente o Bolsa Família, mas uma base de 32 iniciativas que visam alavancar o desenvolvimento socioeconômico.
“O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome é o Ministério que administra o Bolsa Família, e eu afirmo desde o primeiro dia que o Bolsa Família não é só um programa de transferência de renda, ela é integrado a vários outros programas, a habitação, energia, água, as condições de saúde, de educação, que é onde se tem o ponto mais forte, são 32 programas, mas também a renda, a empregabilidade, o emprego, o empreendedorismo, seja como menor aprendiz ali para os mais jovens, o estágio, o emprego e também o empreendedorismo, o negócio, e o que a gente vê hoje com o Grupo Vanguarda, Carvalho Super, é uma oportunidade de abrir a partir desse termo que assinamos, vagas para pessoas do Cadastro Único, são pessoas que estão ali com preparo, querendo trabalhar, querendo uma oportunidade, a exemplo aqui desses jovens que hoje já receberam a carteira assinada, que estão trabalhando e fizeram esse gesto de entregar o cartão do Bolsa Família por que receberam uma carteira de trabalho assinada", comentou.
O petista destacou que ‘essa é a cara do Brasil’, e que o programa social mais forte é o emprego.
“Eu creio que essa é a cara do Brasil, eu acho que o programa social mais forte é cada vez mais emprego, cada vez mais empreendimentos, é garantir uma economia sustentável, e certamente que de passo a passo vamos chegar lá e já temos no Brasil vários fazendo esse gesto e fico feliz porque hoje é no meu Estado, uma rede que eu conheço e sei a importância dela para a região Nordeste e para o Brasil”, pontuou.