José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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Encontro entre Lula e Biden vai focar na valorização dos trabalhadores

Brasil e Estados Unidos devem se apresentar ao mundo de maneira unida e solidária na defesa do povo trabalhador

O Presidente Lula cumpre em Nova York, onde chegou no último sábado, a mais extensa e provavelmente a mais importante pauta internacional desde que assumiu o poder. Além de participar a abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU ( Organização das Nações Unidas), que acontecerá nesta terça-feira, o dirigente brasileiro teve na noite do domingo um jantar com empresários brasileiros e norte-americanos, um evento oferecido pelo presidente da FIESP e Confederação Nacional da Indústria-CNI.

Antes da chegada aos Estados Unidos, Lula esteve em Cuba, no sábado, onde participou da Cúpula do G77+Cuba, uma organização formada por 134 países do Sul Global, que busca defender os interesses econômicos das nações em desenvolvimento. Essa é a principal organização de países em desenvolvimento da ONU, e promove interesses compartilhados entre nações, exercendo influência significativa na economia e nas relações de cooperação, desenvolvimento e multilateralismo. Nesse encontro, Lula condenou as históricas sanções econômicas e políticas impostas pelos Estados Unidos a Cuba, que já duram mais de 5 décadas, impedindo o desenvolvimento e contribuindo para acentuar as dificuldades desse país.

A segunda-feira de Lula nos Estados Unidos será cumprida por uma extensa agenda com encontros bilaterais com líderes de diversos países, mantendo conversas paralelas à Assembleia da ONU, acertando o tom dos discursos que sustentarão sua passagem por essa importante e tradicional cúpula das Nações Unidas. O Brasil é o primeiro a falar durante a cerimônia, uma tradição que vem desde 1955.

PRESENÇA POLÍTICA

O dirigente brasileiro deverá dar ênfase a três questões que têm alimentado sua presença política em eventos dessa natureza, focado no combate consciente às desigualdades econômicas e sociais que se agravam por todo o mundo; na cooperação consciente entre as nações para fazer frente à necessidade de restauração ecológica do Planeta, para enfrentamento das mudanças climáticas e na necessidade de se estabelecer uma nova governança mundial com base na mudança de prática e de visão da própria ONU, estabelecendo-se uma firme decisão de se se combater e evitar as guerras entre os povos, com a adoção de esforço permanente pela paz mundial.

Na quarta-feira, o presidente Lula terá encontro reservado com o Presidente Joe Biden, dos Estados Unidos. Sabe-se que na conversa entre os dois Lula levará um tema de grande importância e de elevado cunho social, ao tratar da situação dos trabalhadores no mundo atual, com enfoque no estímulo às associações (sindicatos) das classes trabalhadoras e no papel que os governantes devem exercer para valorizar e proteger os trabalhadores, diante de permanentes, progressivas e opressivas ameaças à sua sobrevivência. A propósito desse encontro entre os dois, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, ressaltou que Lula e Biden irão se juntar para destacar o papel central e crítico que os trabalhadores desempenham na construção de um país sustentável e democrático, um mundo equitativo e pacífico.

DEFESA DO POVO TRABALHADOR

Revela-se, assim- embora o teor do documento que vão lançar conjuntamente ainda não tenha sido revelado-, que Brasil e Estados Unidos devem se apresentar ao mundo de maneira unida e solidária na defesa do povo trabalhador, o que parece ser uma novidade esperançosa diante de tantos tropeços e perdas que esse segmento da humanidade tem experimentado no passar dos tempos. Pela primeira vez, em muitas décadas, vê-se que a humanização dos trabalhadores está tomando o lugar das guerras, das armas, das estratégias bélicas a que o mundo tem dedicado espaço e valor desde o fim da segunda guerra mundial.

Pela importância das duas cúpulas, do G77 e da Assembleia, dos encontros bilaterais com dirigentes de outros países, e pelas conversas com o setor empresarial, na busca de acelerar parcerias, o Presidente Lula faz-se acompanhar de 12 ministros, dentre eles, Relações Exteriores, Fazenda, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Saúde, Mulheres, Cultura, Cidades, Minas e Energia, Povos Indígenas e Gestão e Inovação.

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