José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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Modernizar a indústria e dar função social aos bancos públicos

Duas notícias promissoras marcaram a semana no Brasil: o governo de Lula anuncia um programa de e os bancos públicos destinam R$ 300 bilhões para investimentos até 2026

Duas importantes notícias foram trazidas aos brasileiros durante esta semana, portadoras de bastante esperança no terreno econômico, sinalizando para a retomada do desenvolvimento e, assim, para a ampliação dos empregos, o crescimento da renda das famílias, a elevação do consumo pela população em geral, indicativos de um necessário avanço no equilíbrio social, algo bastante desejado pela nação.

O primeiro sinal foi dado pelo Governo Lula, ao anunciar a implantação de um programa de reindustrialização do Brasil, destinado a aperfeiçoar sobretudo a agroindústria nacional, mas com ampla atuação em todo o parque industrial brasileiro, tornando-o moderno e competitivo, capaz de fazer face aos desafios que o mundo apresenta, num momento propício em que o país tem conquistado mais espaço internacional, graças à política de expansão montada a partir de 2023.

O segundo aspecto positivo destes anúncios da semana, embutido no próprio programa de reindustrialização anunciado por Lula e por seu ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o Vice-Presidente da República Geraldo Alkmin, diz respeito à função social que o governo resolveu atribuir aos bancos públicos brasileiros. Dos R$ 300 bilhões anunciados, para investimentos até 2026, nada menos do que R$ 1,7 vem dos bancos públicos nacionais BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

O governo sabe – e parece não estar decidido a abrir mão dessa convicção, como tem demonstrado-, que uma das razões a servir de empecilho ao bom desempenho do parque nacional brasileiro, impedindo sua expansão, modernização e desenvolvimento tecnológico, tem sido a baixa oferta de dinheiro, em razão dos elevados juros aplicados pelos bancos privados. Com juros privados nas alturas, amparado até bem pouco tempo por uma atitude hostil do Banco Central de sustentar as taxas Selic em níveis insuportáveis, ao empresariado nacional sobravam poucas ou quase nada de oportunidades de crédito.

FOMENTAR O DESENVOLVIMENTO

Mesmo sem abrir mão do seu direito e necessidade ao lucro, em natural competição no mercado financeiro, o governo por fim está entendendo que os recursos acumulados nos bancos oficiais devem, sim, fomentar o desenvolvimento, alimentando as cadeias agroindustriais, da indústria da saúde, da infraestrutura, da transformação digital, da transição energética, cumprindo o papel que lhes está reservado de contribuir para a soberania nacional. Como Lula e Alkmin têm dito, fazer a indústria brasileira crescer, tornando-a atualizada e competitiva no mundo, não faz apenas aumentar a presença do Brasil no mundo, elevando sua balança comercial, mas tem efeito positivo prático na geração e manutenção de empregos, da elevação da renda das famílias, na eliminação da pobreza e da fome e, consequentemente, no estabelecimento de um ambiente nacional de paz e bem-estar.

Ao anunciar o plano nacional de reindustrialização e os recursos de R$ 300 bilhões para viabilizar essa enorme tarefa, o governo Lula ofereceu outro gesto significativo. O de valorização dos segmentos técnicos e científicos, chamando para a gestão de toda a política industrial o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Os anúncios, significativamente, ocorreram durante reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), um colegiado que reúne representantes do governo e de representantes da sociedade civil, que havia sido desativado durante o governo anterior e a que o Presidente Lula devolveu vida e atividade durante o ano de 2023.

DÓLAR SUBIU

Estranhos à realidade, adeptos do “mercado” – esse ser invisível de olho grande e cego- reagiram de forma negativa ao anúncio de R$ 300 bilhões para a recuperação e modernização industrial e para a presença dos bancos públicos no financiamento desse. Dólar subiu e a bolsa de valores caiu. E os meios de comunicação não tiveram dúvidas sobre a causa: foi esse anúncio do governo sobre a indústria.

Contrariamente ao que o “mercado” pensa e sobre a forma como age em relação ao sentimento nacional, ontem mesmo foi divulgada mais uma pesquisa sobre o Governo Lula. O Presidente é aprovado por 55,2% dos entrevistados, uma ligeira alta em relação ao levantamento anterior, de outubro passado. Quem fez a pesquisa foi a CNT/MDA.

Entre os adultos de 45 a 59 anos a aprovação a Lula vai a 62%, entre os que ganham até 2 salários mínimos é de 64% e entre os nordestinos sobe para 74%.

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