Impactar os costumes e o dia a dia de toda uma sociedade são coisas que apenas poucos artistas tem o poder de fazer, e um deles é Madonna. Nesta segunda-feira (29) a loira desembarcou no Rio de Janeiro para o maior show da sua carreira e o mundo todo se pergunta, não chegou a hora da rainha do pop se aposentar?.
Ao longo de 40 anos, a loira que promete transformar as areias da Praia de Copacabana na “maior pista de dança do mundo”, enfrenta um monstro que assombra apenas mulheres, o machismo da indústria musical. Afinal, como pode uma artista de 65 anos ainda estar na ativa mesmo depois de tanto tempo.
Enquanto Paul McCartney, de 81 anos, e Mick Jagger, de 80, seguem com turnês ao redor do mundo e afirmando que não vão parar tão cedo, Madonna é frequentemente questionada sobre uma precoce aposentadoria. O ditado popular diz que quem é rei nunca perde a majestade e no caso de Madonna esse é o seu lugar, no topo.
Símbolo sexual dos anos 80, a loira revolucionou a música, trazendo em suas canções temas como aborto, racismo e religião. Aliada à causa LGBTQIAPN+ em épocas sombrias como na pandemia de HIV/Aids, Madonna se tornou símbolo na luta pelo respeito e igualdade.
Uma visão que parece até deturpada da realidade, em um mundo onde os maiores artistas da atualidade hesitam em falar sobre temas como política, saúde pública e igualdade. Madonna mostra que sempre esteve fora da curva, arriscando toda sua carreira para mostrar que a arte é feita para além de vender música.
Talvez seja por isso que a "La Isla Bonita" siga em seu auge mesmo após tantos anos de carreira, atualmente Madonna conta com mais de 40 milhões de ouvintes no Spotify, o maior número por qualquer artista feminina dos anos 80. Em seu currículo nomes como The Weeknd e Beyoncé tem o prestígio de dividir canções de sucesso com a loira.
Madonna chegou na “The Celebration Tour” após quase morrer de uma grave infecção bacteriana que a deixou em uma cama de UTI em junho de 2023. O show final da turnê, marcado para o sábado (04) no Rio, vai reafirmar mais do que nunca o poder da loira como a maior artista viva, entre altos e baixos ela continua sendo a primeira e a única.