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Por último, o virologista Paulo Eduardo Brandão, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), chama a atenção para o surgimento de múltiplas variantes do Sars-CoV-2, o coronavírus responsável pela pandemia atual.
"Isso não era algo que esperávamos lá no início", avalia. "Não observamos esse mesmo comportamento nos surtos de Sars [Síndrome Respiratória Aguda Grave], em 2003, e de Mers [Síndrome Respiratória do Oriente Médio], em 2011, que também foram causados por tipos de coronavírus", diz.
O aparecimento das novas linhagens, como a Alfa, a Beta, a Gama e a Delta, explica o pesquisador, tem a ver com a rápida disseminação do vírus por todo o planeta.
"As variantes não são exatamente uma surpresa, mas no início nós não sabíamos que esse coronavírus seria a causa de uma pandemia, se espalharia nessa velocidade e permaneceria por tanto tempo entre nós", aponta Brandão.
A boa notícia é que as vacinas disponíveis atualmente continuam a funcionar contra essas novas versões virais, apesar de sofrerem uma diminuição de sua eficácia original.
Tomar as doses, aliás, é o melhor caminho para proteger a si e contribuir para o controle coletivo da pandemia.
"A vacinação é o meio mais seguro e eficaz para sairmos dessa e conseguirmos retomar nossa vida próximo ao que vivíamos lá em 2019", finaliza Stucchi.