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Depois que o Sars-CoV-2 consegue invadir as primeiras células do nosso corpo, a próxima etapa envolve "ganhar terreno" e expandir o espectro de atuação.
As milhares de cópias que são liberadas de cada célula invadida avançam cada vez mais no organismo — se elas iniciam os trabalhos na superfície do rosto, logo estão dentro do nariz, descem para a garganta e eventualmente podem chegar até os pulmões.
Esse período de evolução silenciosa, em que a presença do vírus não gera nenhuma pista, é conhecida entre os especialistas como incubação. "E percebemos nos últimos meses que o tempo de incubação das novas variantes diminuiu", observa o virologista Anderson F. Brito, pesquisador científico do Instituto Todos pela Saúde.
De acordo com um relatório da Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido, a incubação da variante alfa durava, em média, de cinco a seis dias. Durante a onda da linhagem delta, essa janela caiu para quatro dias.
Já na ômicron, o período entre a invasão viral e o início dos sintomas sofreu uma nova redução e fica em apenas três dias. Ou seja: se antes a pessoa tinha contato com alguém infectado e levava quase uma semana para manifestar os sinais típicos da covid, atualmente esse processo é bem mais rápido e pode acontecer quase de um dia para o outro.
Vale mencionar aqui que o tempo de incubação pode variar: em alguns casos, os sintomas aparecem até 14 dias depois do contato inicial com o vírus.