Donald Trump pode receber alta hospitalar e voltar à Casa Branca na segunda-feira se continuar a progredir em seu tratamento, afirmaram neste domingo (4) os médicos que acompanham o presidente dos EUA, que está internado com Covid-19 desde a última sexta-feira (2).
O doutor Sean Conley e sua equipe deram uma entrevista sobre a evolução da doença. Ele afirmou que houve dois momentos em que a saturação de oxigênio de Trump caiu: um na sexta-feira e outro no sábado. Ele chegou a receber oxigênio para ajudar na respiração. Depois disso, o presidente voltou a melhorar.
Em nenhum momento foi grave, disse o médico --nunca esteve abaixo de 94%. O nível atual é de 98% segundo a equipe médica. Trump não tem febre desde a sexta-feira.
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Os repórteres perguntaram por que o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, expressou que a equipe médica estava preocupada.
Conley disse que em sua primeira coletiva tentou refletir a atitude positiva do presidente e por isso omitiu que Trump havia recebido oxigênio na sexta-feira.
"Eu não quis dar nenhuma informação que poderia desviar o curso da doença em uma outra direção e, ao fazer isso, ficou parecendo que nós estávamos tentando esconder algo, o que não é necessariamente verdade."
Medicamento para pacientes graves
Trump ainda recebeu dexametasona, um medicamento que melhora as chances dos pacientes que têm perda de oxigênio, mas que não são dados aos doentes que têm apenas sintomas leves, pois ele diminui a capacidade do corpo de lutar contra o coronavírus.
Brian Garibaldi, um dos médicos da equipe, disse que a primeira dose foi dada no sábado e que o plano é continuar com o remédio, por enquanto.
O histórico da evolução clínica
Essa é a segunda entrevista coletiva dada pelos profissionais de saúde liderados por Sean Conley. No sábado, eles haviam dito que os sintomas de Trump eram cansaço, congestão nasal e tosse – que o presidente estava em processo de melhora.
Naquela ocasião, os repórteres perguntaram especificamente sobre o oxigênio, e ele não respondeu.
Mais tarde, Conley divulgou um boletim sobre a saúde de Trump no qual o médico afirmou que o presidente havia tido "uma melhora substancial, embora ainda não esteja fora de perigo".
O documento ainda dizia que o presidente tomou uma nova dose do antiviral remdesivir e continua sem febre e sem oxigênio suplementar, com um nível de saturação entre 96% e 98% o dia todo.
Ainda segundo o comunicado, Trump passou a parte da tarde trabalhando, levantou e se movimentou pela suíte sem dificuldade, mas o médico alerta que a equipe continua "cautelosamente otimista".
Melania Trump, a primeira-dama, não está internada. Ela tem sintomas leves e está isolada na Casa Branca.