O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (16), que pretende alterar, até o dia 31 de março, o status da Covid-19 no Brasil de pandemia para endemia. O líder do Executivo nacional está na Bahia onde cumpriu agenda no Senai Cimatec e, em seguida, participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova unidade de biomagem das Obras Sociais Irmã Dulce, entidade filantrópica que atende milhares de pessoas todos os anos.
"A tendência do Queiroga, que é autoridade nesta questão, tem conversado na Câmara de Deputados, parlamentares, também o Supremo, que é o órgão federal. A ideia é que até o dia 31, é a ideia dele, passar de pandemia para endemia e vocês vão ficar livres da máscara em definitivo", revelou.
Desde março de 2020 a Organização Mundial de Saúde classifica como pandemia o cenário da Covid-19 no mundo. Em janeiro deste ano, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, emitiu alerta aos líderes mundiais de que a pandemia do novo coronavírus "não está nem perto do fim".
Sobre das máscaras, estados e municípios são responsáveis pela decisão de suspender a obrigatoriedade do uso.
Ao chegar no Senai Cimatec, o presidente foi recebido com vaias e gritos de repúdio por parte de um grupo de estudantes. A recepção foi bem diferente ao chegar nas Obras Sociais Irmã Dulce. Médicos e funcionários fizeram questão de registrar selfies com o presidente.
Comitiva
Participaram da comitiva presidencial João Roma (Cidadania), Marcelo Queiroga (Saúde) e Luiz Eduardo Ramos (Chefe da Secretaria-Geral da Presidência).
O responsável pelo Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou a importância do trabalho das obras sociais iniciadas por Irmã Dulce.
"Sabemos que há muitas filantrópicas, mas a de Irmã Dulce está no coração de cada um de nós. Cada centavo investido aqui é investido no povo da Bahia. É uma obra sensível. Investimos R$ 9 milhões para termos ressonância e outros exames de imagem que vão ajudar. Irmã Dulce aprovaria essa conduta. Pedidos a bênção da nossa santa Dulce para que ela ajude a guiar nosso caminho e guiar Salvador, a Bahia e o Brasil".
O ministro da Cidadania, João Roma, sinalizou que o trabalho das Obras Sociais Irmã Dulce são reconhecidas pelo trabalho voltado ao público necessitado. "É uma emoção muito forte visitar isso aqui. Essa é uma obra que mostra, sobretudo, o cuidado com os mais carentes", completou.
Obras Sociais Irmã Dulce
Ainda em Salvador, o presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova unidade de bioimagem das Obras Sociais Irmã Dulce. Essa é 13ª visita do presidente à Bahia, a primeira em 2022.
Fundada em 1959, pela Santa Dulce dos Pobres, a instituição abriga, em seus 40 mil metros quadrados de área construída, 20 dos 21 núcleos da entidade, incluindo 954 leitos hospitalares. A OSID realiza uma média de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia e cerca de 23 mil cirurgias em várias especialidades médicas.
No entanto, a situação atual também é de preocupação. Com um déficit de quase R$ 24 milhões, que podem ser acrescidos de outros R$ 20 milhões até o final do ano, o complexo pode fechar as portas caso não consiga resolver a situação.
A nova unidade de Bioimagem será construída na área conhecida como Campo dos Sonhos, que desde 2013 pertence às Obras Sociais, nas proximidades da sede da unidade.
Atualmente, o setor de Bioimagem da instituição realiza cerca de sete mil procedimentos por mês. Com a construção do núcleo, além de exames como tomografia, mamografia e punção, já realizados atualmente, o complexo de saúde vai oferecer, gratuitamente, procedimentos de alta complexidade, como ressonância magnética, densitometria e exames contrastados com mesa telecomandada.