A pandemia fortalecerá o Estado e reforçará o nacionalismo. Governos de todos os tipos adotarão medidas emergenciais para gerenciar a crise, e muitos relutarão em renunciar a esses novos poderes quando a crise acabar.
O COVID-19 também acelerará a mudança de poder e influência do Ocidente para o Leste. Coreia do Sul e Cingapura responderam melhor, e a China reagiu bem após seus primeiros erros. A resposta na Europa e na América tem sido lenta e casual em comparação, manchando ainda mais a aura da "marca" ocidental.
O que não vai mudar é a natureza fundamentalmente conflituosa da política mundial. As pragas anteriores não acabaram com a rivalidade de grandes potências nem inauguram uma nova era de cooperação global.As pragas anteriores — incluindo a epidemia de gripe de 1918-1919 — não acabaram com a rivalidade de grandes potências nem inauguram uma nova era de cooperação global. Nem o COVID-19. Veremos um novo recuo da hiperglobalização, à medida que os cidadãos procuram os governos nacionais para protegê-los e à medida que estados e empresas buscam reduzir as vulnerabilidades futuras.
Em suma, o COVID-19 criará um mundo menos aberto, menos próspero e menos livre. Não tinha que ser assim, mas a combinação de um vírus mortal, planejamento inadequado e liderança incompetente colocou a humanidade em um caminho novo e preocupante.