Você tem ou já teve anemia ou conhece alguém que já? A doença é comum na sociedade brasileira e em outros países é ainda mais difundida. Porém, embora os sintomas de anemia sejam popularmente conhecidos, os cuidados ainda não fazem parte da rotina. Com informações do R7.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a anemia é o quadro no qual a quantidade de hemoglobina do sangue está abaixo do valor normal. Isso acarreta uma redução da capacidade de transporte do oxigênio. A hemoglobina é a proteína responsável por esse transporte, sendo constituída por hemácias ou glóbulos vermelhos.
Embora a anemia não seja algo grave, o avanço do mal-estar pode ser o indício de que algo está errado no seu corpo. Além de ser também um alerta para doenças mais graves. Desde uma dieta desequilibrada ou até mesmo o câncer.
1- Causas:
Muitos fatores podem causar a anemia. Geralmente as pessoas acreditam que ela ocorre apenas pela carência de ferro no organismo, mas a verdade é que a falta de outros nutrientes (zinco, vitamina B12, proteínas) condicionam o seu desenvolvimento.
Ou seja, uma dieta desequilibrada é um grande mal. Além disso, a perda de sangue por condições fisiológicas, como a menstruação, ou não, podem ocasionar o quadro anêmico. Esses são alguns dos principais sintomas de anemia:
Cansaço excessivo
Fadiga
Palidez
Dores de Cabeça
Irritabilidade
Dificuldade de concentração
Queda de cabelo
Enfraquecimento das unhas
Mãos e pés frios
Taquicardia e depressão (em casos graves)
2-Tipos de anemia
O tipo de anemia mais comum é a pela ausência da produção de glóbulos vermelhos, decorrente da carência de nutrientes (como o ferro) ou também pela interrupção da produção da medula óssea e a falta de eritropoietina. A anemia ferropriva é ocasionada por uma deficiência de ferro no organismo, consequentemente reduzindo a produção, o tamanho e teor de glóbulos vermelhos e hemácias.
Há também a anemia por escassez de vitamina B12 ou anemias megaloblástica. Comum em vegetarianos e veganos por estar vinculada a uma dieta carente de seus nutrientes, que estão presentes em carnes, ovos e leites. Já a anemia perniciosa é ocasionada pela falha do organismo na vitamina B12 e é autoimune, pois embora a pessoa que a possua se alimente corretamente, as vitaminas não conseguem adentrar o corpo.
A Anemia aplástica é um tipo raro e causa risco de morte, pois a medula óssea é atacada por diferentes mecanismos que não lhe permitem fabricar a quantidade ideal de glóbulos vermelhos e das outras células sanguíneas necessárias ao organismo.
A anemia hemolítica é aquela em que os glóbulos vermelhos são desfeitos antes do período adequado. Isso acontece tão rápido que a medula óssea não consegue se repor. Em sua função autoimune, o sistema imunológico caracteriza erroneamente os glóbulos vermelhos como corpos estranhos e cria anticorpos para atacar as hemácias.
A anemia falciforme é transmitida de pai para filho. Nesse caso ocorrem modificações nos glóbulos vermelhos do sangue, que ficam parecidos com uma foice. Com as membranas alteradas, elas rompem facilmente e ocasionam a anemia.
Por último, existe a anemia ocasionada por outras doenças, como é o caso da quimioterapia executado no tratamento do câncer, e a anemia por perdas sanguíneas excessivas, sendo o exemplo acidentes e hemorragias (agudas) ou menstruação excessiva (crônicas).
3- Diagnóstico e tratamento
Ao perceber os sintomas de anemia é inevitável procurar um médico especialista: clínico geral, hematologista ou endocrinologista. Para o diagnóstico o profissional irá solicitar alguns exames laboratoriais para analisar a deficiência das vitaminas e o hemograma completo. Dessa forma ele conseguirá detectar se a taxa de hemoglobina está baixa e os glóbulos vermelhos alterados.
Caso seja identificado o quadro clínico, o médico fará a indicação de medicamentos. Combiron, combiron fólico, ferronil, hemax eritron, prednisolona e prednisona costumam ser os mais usados. E é importante salientar que você nunca deve tomar nenhum remédio sem a prescrição médica.
Além disso, também é necessário realizar uma readequação alimentar. A dieta deve ser baseada em alimentos ricos em ferro, como peixes, frangos e lentinha; a vitamina C é outra a ser inserida com constância por facilitar a absorção do ferro pelo organismo.