Na próxima quinta (26/1), um asteroide passará raspando a Terra, a uma distância menor que a de muitos satélites que estão em órbita. Segundo o site americano de astronomia The Sky Live, a rocha espacial intitulada 2023 BU chegará em sua maior aproximação em 10 anos: apenas 9.877 km da superfície do nosso planeta.
Descoberto no último sábado (21/1) pelo fabricante de telescópios e astrônomo amador russo Gennady Borisov, o asteroide tem diâmetro estimado em 3,7 a 8,2 m e viaja a aproximadamente 32.400 km/h.
Para se ter uma ideia de quão perto será a distância que o 2023 BU passará da Terra, o site da Agência Espacial Europeia (European Space Agency ou ESA) afirma que os satélites que acompanham a rotação do planeta (chamados geoestacionários) precisam ficar a 36.000 km da superfície terrestre.
Portanto, o pequeno asteroide, que tem cerca de 196 toneladas e um volume estimado de 66 m³, estará a apenas 25% da distância usada pelos satélites geoestacionários.
Cientistas acreditam que se o 2023 BU atingisse a Terra, poderia liberar energia equivalente à explosão de 2.000 toneladas de dinamite (TNT). A bomba lançadas pelos americanos em Hiroshima, no Japão, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), liberou 16.000 toneladas de TNT.
Até o momento, de acordo com o site do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, o asteroide 29075 (1950 DA), do tipo Apollo (órbita que passa perto da Terra), é um dos 1.648 considerados potencialmente perigosos e o que possui maior risco de colisão com nosso planeta. Ele fará sua arriscada aproximação em 16 de março de 2880. Com diâmetro aproximado de 1,1 km, o 1950 DA tem probabilidade de impacto de uma chance em 300.