Brasileiros usaram mais aplicativos em 2021, revela estudo

Tempo de uso dos softwares cresceu 45% no país; para CEO, aplicativos podem impulsionar um negócio, mas para conquistar usuário devem ser práticos, ágeis e confiáveis

aplicativo | Divulgação/DINO
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Mesmo com o avanço da vacinação e com o fim do confinamento, o Brasil foi o país com a maior média de tempo gasto em aplicativos em 2021. É o que demonstra uma análise realizada pela App Annie, agência focada em análise do mercado mobile e de aplicativos e divulgada pela revista Forbes, que revela que o número de horas em que o brasileiro se mantém conectado aos softwares cresceu 45%.

Segundo o levantamento, que considera indicadores do segundo trimestre do último ano, a média de tempo de uso dos apps no país é de 5,4 horas por dia. Em segundo e terceiro lugar vêm a Indonésia, com 5,3 horas, e a Índia, com 4,9 horas.

De forma conjunta, os usuários de iOS e Android fizeram mais de 140 bilhões de downloads, segundo o mesmo relatório da App Annie. O Brasil ocupa o terceiro lugar no número de softwares baixados, com 8%, logo atrás dos Estados Unidos, com 9%, mas ainda bem atrás da Índia, que encabeça a lista com 20% do total.

Criação de aplicativos para dispositivos móveis pode facilitar a relação entre a indústria e o cliente. (Foto: Divulgação/DINO)

Para 2022, o setor de aplicativos sociais espera lucrar cerca de US$ 9 bilhões (R$ 50,32 bilhões), o que representa uma alta de 82% em relação a 2021, ainda de acordo com a App Annie. Juliano Basilio, CEO da LOF e do aplicativo LOFLovers vê os números com otimismo e observa que o surgimento de novos apps pode resolver várias questões do dia a dia e facilitar a vida dos usuários.

“Na área da beleza, ganham destaque tecnologias que favorecem o relacionamento entre profissionais e clientes, que oferecem conteúdo, marketplace e cashback - que estão entre os aplicativos mais baixados no país, ao lado de apps de gestão de milhas e programas de fidelidade”, afirma, citando informações da última edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box.

Criação de app pode impulsionar negócio

Na visão de Basílio, para além da entrega de uma solução eficaz para o consumidor, a criação de aplicativos para dispositivos móveis pode facilitar a relação entre a indústria e o cliente. “A venda por relacionamento ou indicação ou influência está entre os objetivos que toda empresa de produtos deve galgar. Afinal, a venda com indicação de uma pessoa de confiança vale mais do que qualquer publicidade”, acrescenta.

De fato, 92% dos consumidores confiam totalmente na indicação de um amigo ou familiar, acima de qualquer outra forma de propaganda, segundo indicativos do estudo do Instituto Nielsen.

Setor de beleza espera aplicativos práticos, ágeis e confiáveis

Na visão de Marcus Rissel, Diretor Executivo da LOF e do aplicativo LOFLovers, trazendo para a área de beleza, os usuários esperam softwares que ofereçam informações técnicas, treinamentos e intercâmbio de aprendizados. “Os cabeleireiros brasileiros buscam aprimoramento constante, razão pela qual aplicativos que oportunizem o contato com uma comunidade de profissionais, por exemplo, estão entre as tecnologias esperadas por esse segmento”.

Neste sentido, continua, o setor de beleza espera por aplicativos que reúnam dicas e treinamentos, favorecendo o intercâmbio de informações. “O que também pode ser útil para que esses profissionais consigam chegar a produtos de qualidade a preços mais baixos, evitando toda a cadeia intermediária, por meio de uma relação direta com a indústria”.

Segundo a 16ª edição da Beauty Fair - principal feira de beleza das Américas e segunda maior do mundo - que ocorreu entre os dias 20 e 23 de novembro, em São Paulo, o setor de beleza deve crescer 5% este ano, com um volume de negócios que pode chegar a R$ 400 milhões e perspectiva de crescimento de 5%.

Basile destaca que, hoje em dia, todo mundo quer a resposta na palma da mão, motivo pelo qual muitos negócios almejam explorar a chamada “força do mobile”. Contudo, para cair no gosto do usuário, o aplicativo deve ser prático, ágil e confiável. “Por isso, um software eficaz deve entregar o que o cliente espera. Se o aplicativo for bom, o usuário não vai abrir mão, e será fiel a ele para sempre”, conclui.

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