Padre Cíceroviveu entre 1844 e 1934, no Ceará, e ficou conhecido nacionalmente por ter presenciado um milagre eucarístico. Muitas graças e milagres são associados à figura do religioso, mas até então sem o reconhecimento do Vaticano. Após 88 anos de sua morte, foi autorizado pela Igreja Católica o processo de beatificação do padre que agora precisa passar pelo crivo de uma comissão para comprovar que graças e milagre foram alcançados por intermédio do "santo popular".
Segundo o diácono, Rodrigo Leite, em reportagem ao g1, histórias de graças e milagres são necessárias para a beatificação.
“Essas histórias de graças alcançadas são muito importantes porque no processo há necessidade da fama de santidade e de sinais, que são alcançadas por meio do servo de Deus padre Cícero. Entretanto, para a beatificação é necessário um milagre no sentido clássico do termo, e quem comprova um milagre é a comissão com ajuda de peritos da Santa Sé”, explicou.
O "conceito clássico de milagre", segundo o diácono Rodrigo Leite, requer três pré-requisitos:
é preciso que seja algo inexplicável, uma doença incurável; por exemplo, que a medicina não tem a cura;
precisa ser uma cura imediata;
precisa ser uma cura permanente, ou seja, a doença não retornou.