Um dos primeiros desafios de Götsch foi recuperar os riachos assoreados, o que ele fez abrindo valas nos cursos originais e reflorestando o entorno. As raízes protegeram o solo da erosão e permitiram que a água da chuva voltasse a infiltrar, trazendo os riachos de volta à vida.
Mas mais do que isso: ele afirma que o amadurecimento da floresta aumentou em 70% a quantidade de chuvas na fazenda. Isso porque, ao transpirar, as árvores transferem água para a atmosfera, intensificando a formação de nuvens. E, quanto mais plantas há num local, mais água é bombeada.
O processo, conhecido por evapotranspiração, está por trás do fenômeno dos "rios voadores", pelo qual a água injetada na atmosfera pelas árvores da Amazônia se transforma em chuva em várias partes da América do Sul.
Segundo Götsch, o reflorestamento de sua propriedade fez com que chovesse mais em áreas que ficam a até 8 km a oeste da fazenda. A recuperação dos riachos embasou uma das principais máximas que o suíço difunde em cursos e palestras: a de que "água se planta".