“Inseto-robô” poderia procurar sobreviventes de desabamentos; entenda

A tecnologia instalada no corpo dos insetos é capaz de detectar movimento, calor corporal e dióxido de carbono exalado pelas vítimas.

inseto robô | Reprodução/The Economist
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Um estudo realizado por um pesquisador da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, pode ajudar a encontrar sobreviventes em desabamentos de forma mais ágil. A pesquisa liderada pelo professor Sato Hirotaka e noticiada pela revista The Economist propõe instalar mochilas inteligentes a insetos que seriam lançados em meio aos escombros.

A tecnologia instalada no corpo dos insetos é capaz de detectar movimento, calor corporal e dióxido de carbono exalado pelas vítimas. A primeira fase de testes comprovou que o software utilizado para localização das pessoas funcionou 87% das vezes.

Dispositivo que simula uma mochila com sensores e câmera é acoplado aos insetos. (Foto: Reprodução/The Economist)

O dispositivo eletrônico que forma a "mochila" dos insetos é composto de um chip de comunicação, uma bateria, uma câmera infravermelha e sensores capazes de identificar movimentos e dióxido de carbono. Os testes feitos por Sato Hirotaka foram realizados com baratas-de-madagascar, que possuem cerca de 6 cm de comprimento e podem acessar os locais de acidentes com mais facilidade e rapidez. A escolha da espécie também demonstra que o equipamento utilizado é pequeno.

A experimentação do estudo foi realizada em uma zona de simulação de um desastre, com 25 m², que continha blocos de concreto de tamanhos e formas variadas. Entre os blocos estavam pessoas e alguns dispositivos que emitem calor, como um forno micro-ondas, um notebook e uma lâmpada. Com isso, as baratas foram lançadas nos escombros com as mochilas programadas nos pontos inicial e final da busca.

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A decisão tomada pela inteligência artificial do equipamento acoplado no corpo das baratas é feita a partir dos sinais que a câmera e os demais sensores conseguem captar. Caso o programa entenda que encontrou uma pessoa, um alerta é enviado para a equipe de resgate com as informações. A taxa de 87% de reconhecimento de humanos pelo software foi considerada alta, mas o professor acredita que o índice ainda pode ser melhorado com imagens coletadas a partir de outros ângulos.

O professor Sato Hirotaka espera que o projeto possa ser implementado dentro de cinco anos. A próxima fase do estudo se concentra no refinamento do sistema para que ele possa ser usado em ambientes externos. Com isso, será possível comercializar a fabricação das mochilas inteligentes e a automatização de sua fixação aos insetos.

Com informações de The Economist

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