Pesquisadora incentiva consumo de insetos

Estes animais possuem maior teor de proteína quando comparados à proteína de origem vegetal

inseto | divulgação
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Dentre as milhares de espécies de insetos que foram identificadas no mundo, 1900 são conhecidas como fonte de proteína comestível para seres humanos e animais. Os mais utilizados na alimentação são besouros, lagartas, formigas, gafanhotos, baratas, grilos, moscas e escorpiões. Estes animais possuem maior teor de proteína quando comparados à proteína de origem vegetal, sendo ricos em aminoácidos e ácidos graxos essenciais, vitaminas, fibras e minerais.

A Zootecnista Elayne Lopes, do Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE), explica que os insetos são considerados fontes proteicas, pois possuem em torno de 50% de proteína bruta. Pontuam que eles são produzidos industrialmente como um ingrediente gourmet para a culinária humana, alimentos para pets e animais de zoológicos. Os insetos podem ser utilizados vivos, enlatados, secos, em forma de pó (farinha), fritos ou incorporados em outros alimentos.

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"A entomofagia é o consumo de insetos por seres humanos, e segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo já consomem insetos, mais comumente na África, Ásia e América do Sul. Mas o potencial de utilização de insetos é muito maior, tendo em vista que a criação de insetos necessita de pequeno espaço, fácil manejo, alta taxa reprodutiva, alta eficiência na conversão alimentar, e ainda são capazes de degradar resíduos orgânicos, como restos de alimento e de culturas, compostagem e esterco animal, podendo transformá-los em proteína de alta qualidade", comenta Elayne.

A produção de proteína pela criação de animais de produção (aves, suínos, bovinos) e pelo cultivo de grãos (soja, sorgo) requer alto uso de terras, energia elétrica e água, além de contribuir para a poluição do solo e das águas subterrâneas. "Assim, o uso de insetos na alimentação animal e humana contribui para a redução da degradação ambiental, mitigação de gases do efeito estufa e torna o setor mais sustentável e economicamente viável. Além disso, os insetos quando incluídos nas dietas de animais de produção, seus resíduos podem ser utilizados na própria alimentação dos insetos, formando um ciclo produtivo reduzindo os impactos ambientais causados pelo setor", explica Elayne.

O uso de insetos na alimentação humana e animal é uma forma de promover a sustentabilidade de baixo custo ecológico. Assim, a criação de insetos em larga escala produz um alimento nutritivo e de baixo valor econômico e ecologicamente correto.

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