Ludmilla voltará ao Brasil nos próximos dias e terá que se explicar sobre seu show no Coachella onde no telão de projeção representando o dia a dia das comunidades do Rio de Janeiro havia um frame que dizia: "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas", o que fez a artista ter sido acusada de intolerância religiosa.
AÇÃO JUDICIAL: Ivanir dos Santos, pós-doutor, professor e Babalawô revelou que entrará com uma ação contra a artista. "Vamos andar com a representação primeiro para ver como ela irá argumentar. Por intolerância religiosa. Ela reproduziu uma atitude de intolerância grandiosa, de que ela mesmo é vítima da polarização de gênero. E que sirva isso com um grande debate na comunidade, que é abarcado na nossa lei", pontuou Ivanir à revista Quem.
O pesquisador alertou também que dentro do debate religioso do país a reprodução do preconceito é um ponto de atenção. "Se ela vai dizer que reproduziu a favela, a gente sabe também que na comunidade existe intolerância religiosa, inclusive no tráfico de droga. A coisa mais grave. Como é que uma pessoa negra, da comunidade LGBT, que sofre intolerância e é discriminada reproduz isso e acha que é uma coisa comum e natural?", questiona.
''Enquanto cristã, Ludmilla ajudou a propagar um pensamento comum à maioria dos que reproduzem falas de intolerância religiosa no país'', acrescenta Ivan
DESRESPEITO: “A contradição dela e da diretora de arte, que são comunidade LGBTQIA+, e sofrem intolerância agressiva pela orientação de gênero, a orientação sexual. No caso da Ludmilla, mais grave ainda, por não respeitar a cultura dos seus ancestrais. Porque se respeitasse a Exu, ela jamais faria isso. Quem respeita a Exu não faz isso", concluiu.