O julgamento do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, que está ocorrendo esta semana na Espanha, tem a possibilidade de ser estendido por mais um dia. Inicialmente programadas para encerrar nesta quarta-feira (7), as sessões do caso podem se prolongar até quinta-feira (8) caso o depoimento de Alves se prolongue além do previsto. Ele enfrenta acusações de estupro de uma mulher em uma boate em Barcelona, na Espanha, mas nega veementemente as alegações.
Esta será a primeira vez que Alves abordará publicamente o caso desde sua prisão em 20 de janeiro de 2023, enquanto prestava depoimento em uma delegacia de Barcelona. Naquela ocasião, a polícia identificou inconsistências na versão fornecida pelo brasileiro. A expectativa para esta quarta-feira é que o ex-atleta, que tem estado em prisão preventiva por mais de 380 dias, apresente ao tribunal uma nova narrativa sobre o incidente.
Durante o início da sessão do primeiro dia de julgamento, na segunda-feira, a advogada do ex-atleta, Inés Guardiola, afirmou que o jogador se considera vítima de um "tribunal paralelo" formado pela opinião pública. A defesa solicitou a anulação do julgamento, alegando que a juíza responsável pelo caso não permitiu que um segundo perito examinasse a vítima.
Guardiola também requereu a realização de novos testes antes que o julgamento prosseguisse. No entanto, a juíza não concedeu o pedido, e a Promotoria argumentou durante a sessão que todos os direitos do acusado foram devidamente preservados. Ao longo do julgamento, que deve encerrar nesta tarde, foram ouvidas 28 testemunhas, além dos depoimentos de Daniel Alves e da vítima, este último em uma sessão privada realizada na segunda-feira (5).
A juíza Isabel Delgado Pérez, encarregada de presidir o caso, será responsável por redigir a sentença. O tribunal informou que ainda não há um prazo definido para o veredito final do jogador. Enquanto aguarda a decisão, Daniel Alves continuará detido preventivamente em uma prisão nos arredores de Barcelona, conforme determinação atual da Justiça.