O professor de muay thai e pré-candidato a vereador Luciano Kassarola embarca na próxima sexta-feira (28) para o Rio de Janeiro. Ele foi convidado para ir representando o Nordeste em uma audiência pública na Câmara de Vereadores, oportuniadade essa para tratar sobre a regulamentação da profissão de professor e instrutor de artes marciais. Trata-se do PLS 3.649/20: regulamentação do professor de artes marciais e de esportes de combate, de autoria do deputado federal Júlio Cesar Ribeiro.
O objetivo primordial do PLS é definir que entidades teriam a competência para certificar o pretenso professor (ou instrutor) de artes marciais ou esportes de combate. "Para falar de da importância da regulamentação, a gente tem que entender como funciona hoje. Atualmente, existe um vácuo na legislação, onde a profissão não é regulamentada por nenhum órgão. Tem uma liminar no STF que suspende o poder de fiscalização por meio do CREF e CONFEF. E, hoje, a profissão não tem nenhum tipo de controle, o que ocasiona abusos e irregularidades", diz Lucinao, acrescentando que tem um PL em tramitação no Congresso que busca regularizar a profissão através das federações.
Luciano acredita que a regulamentação é necessária e urgente. "Mas da forma que está sendo proposta, eu não concordo, pois ia tirar o poder de fiscalização do CREF e vai dar para as federações, e esse poder para federações é muito perigoso pela facilidade que hoje existe para se abrir uma federação", argumenta o professor.
Na prática, reforça o pré-candidato, isso vai onerar ainda mais o profissional. "Pois em uma academia que dá aulas de várias artes marciais, a mesma terá que ter vários alvarás de várias modalidades. E é isso que estamos discutido nessas audiências públicas", argumenta.
Premiação
Kassarola também vai participar do evento Melhores do Ano nas Artes Marciais 2024 - Edição Lendas. Será no dia 30 de junho, no Espaço Hall, na Avenida Ayrton Senna, Barra da Tijuca, e deve reunir mais de 5 mil pessoas. "Fui escolhido para representar o Nordeste, primeiro pela presenca constante atraves do sindicato na luta pela profissionalização. E também por discordar de uma parte do sindicato, por isso vou para colocar meu ponto de vista no que diz respeito a esse projeto", pondera. "E como sou uma voz sempre atuante no que diz respeito o profissional das artes marciais, vou poder ter essa voz ativa nesse momento tão importante para a profissão", conclui.