Sem entrosamento: Seleção Brasileira não convence e Dorival Jr é alvo de críticas

A desorganização inicial refletiu os desafios que Dorival tem encontrado para consolidar um estilo de jogo mais eficiente.

Dorival Júnior ainda não convenceu à frente do comando da Seleção Brasileira | Photo by Mauro PIMENTEL / AFP
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Na última quinta-feira (10), a Seleção Brasileira enfrentou o Chile em Santiago e, apesar da vitória por 2 a 1, as dificuldades da equipe comandada por Dorival Júnior ficaram claras. Com gols de Igor Jesus e Luiz Henrique, ambos do Botafogo, o Brasil conseguiu virar o placar e amenizar a pressão nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, mas ainda deixou os torcedores preocupados.

O Chile surpreendeu o Brasil logo no primeiro minuto de jogo, quando Eduardo Vargas abriu o placar de cabeça após cruzamento de Felipe Loyola. A desorganização inicial refletiu os desafios que Dorival tem encontrado para consolidar um estilo de jogo mais eficiente. O Brasil só conseguiu se reorganizar ao longo da primeira etapa, explorando bem as jogadas pelas pontas. O empate veio no fim do primeiro tempo, aos 45 minutos, com Igor Jesus cabeceando após cruzamento de Savinho.

No segundo tempo, o Brasil aumentou a pressão no ataque, apesar de um gol de Raphinha ter sido anulado por impedimento e um possível pênalti em Rodrygo não ter sido marcado. A persistência foi premiada aos 43 minutos, quando Luiz Henrique marcou o gol da virada, garantindo o triunfo.

sem repertório 

No entanto, apesar da vitória, o time brasileiro continua enfrentando críticas pela falta de um repertório tático mais robusto. Dorival Júnior ainda não conseguiu implementar um esquema de jogo capaz de tornar a equipe mais dinâmica e imprevisível. A dependência de jogadas individuais e a dificuldade em criar um jogo coletivo eficiente têm sido apontadas como os principais problemas.

Os críticos observam que, nos momentos de maior pressão, o time recorre a bolas longas e cruzamentos, sem explorar variações táticas ou desenvolver jogadas pelo meio. A dificuldade em manter a posse de bola e a vulnerabilidade aos contra-ataques também são aspectos preocupantes. Apesar de contar com talentos como Rodrygo, Raphinha e Lucas Paquetá, o técnico ainda não conseguiu tirar o máximo proveito das habilidades individuais dos jogadores.

Desde que assumiu a Seleção em janeiro de 2024, Dorival Júnior disputou 11 partidas, acumulando cinco vitórias, duas derrotas e quatro empates. O Brasil tem alternado entre os esquemas 4-2-3-1 e 4-3-3, com poucas variações táticas. Agora, a equipe se prepara para enfrentar o Peru na próxima terça-feira (15), em Brasília, sem Lucas Paquetá, suspenso por acúmulo de cartões amarelos, o que forçará novos ajustes no time.

Embora o resultado contra o Chile tenha dado um alívio temporário, o Brasil ainda precisa mostrar mais consistência e evolução para conquistar a confiança dos torcedores e garantir sua classificação para a Copa do Mundo de 2026 sem sustos.

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