Após uma reunião com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), os motoristas e cobradores do transporte público de Teresina anunciaram o fim da paralisação da categoria no início da tarde desta quarta-feira (27), depois de três dias.
A categoria estava exigindo pagamento de tickets de alimentação e plano de saúde aos servidores, além do reajuste salarial. Mesmo após a Prefeitura de Teresina liberar R$ 600 mil mensais para o custeio das demandas dos trabalhadores, eles permaneceram com o movimento após não receberem o repasse da gestão, como informou o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), em nota ao Meionorte.com. Na decisão, a prefeitura se comprometeu em realizar o pagamento que será creditado na conta do SETUT.
A negociação foi intermediada pelo Major Cláudio Pessoa, superintendente da Strans. “Finalmente chegamos ao fim. Fomos procurados pelos representantes dos trabalhadores e eles apresentaram retorno ao trabalho de forma imediata e nós efetuamos finalmente o pagamento na conta do SETUT para que eles tenham lá a garantia do que eles pleitearam desde o início”, disse o Major.
De acordo com Antônio Cardoso, representante dos motoristas e cobradores, o que estava ao alcance da Strans foi resolvido. “A gente já tinha conversado com os trabalhadores e já tínhamos essa proposta que foi aceita. A gente vai recuar e vamos trabalhar. As questões que estavam ao alcance da Strans foram resolvidas”, explicou.
Até o final desta manhã, apenas 21 dos 300 ônibus que deveriam atender a população no período de pandemia estavam circulando. Com o fim do movimento, o atendimento à população será retomado na tarde de hoje. Após a decisão, a SETUT reiterou seu descontentamento com a paralisação em Teresina. “O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) reitera seu descontentamento com a paralisação dos motoristas e cobradores realizada nos últimos dias, pois a mesma não possuía qualquer respaldo legal. A entidade lamenta os prejuízos e transtornos causados aos teresinenses que necessitam, diariamente, utilizar o transporte público”, disse o sindicato, em nota enviada à reportagem.