Brasil teve 388 acidentes aéreos fatais em dez anos, apontam dados do Cenipa

Ao todo foram 746 fatalidades; número não considera as perdas com a queda do ATR 72-500, em Vinhedo, na última sexta-feira (9), que deixou 62 mortos

Brasil teve 388 acidentes aéreos fatais em dez anos, apontam dados do Cenipa | Foto: Secretária de Segurança de São Paulo/Divulgação
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Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) revelam que, entre 2014 e 2024, o Brasil registrou 388 acidentes fatais envolvendo aeronaves, resultando em 746 mortes. Esse total não inclui as fatalidades decorrentes da queda do ATR 72-500 em Vinhedo na última sexta-feira (9), que causou a morte de 62 pessoas.

VEJA AS PRINCIPAIS CAUSAS

O painel de números indica que o fator mais comum nos acidentes é a perda de controle em voo, com 124 ocorrências registradas. Em seguida, destacam-se os fatores indeterminados, falhas ou mau funcionamento do motor, operações em baixa altitude e voo controlado contra o terreno.

  1. Perda de controle em voo: 124
  2. Indeterminado: 54
  3. Falha ou mal funcionamento do motor: 46
  4. Operação a baixa altitude: 29
  5. Voo controlado contra o terreno: 22
  6. Colisão com obstáculo durante decolagem e pouso: 20
  7. Falha ou mal funcionamento de sistema / componente: 15
  8. Outros: 11
  9. Combustível: 9

SOBRE O TRABALHO DO CENIPA

O Cenipa não se concentra nas "causas" dos acidentes, mas sim nos fatores contribuintes. A "causa" refere-se a um fator predominante, e o centro não identifica um fator como o principal, conforme a própria definição do Cenipa.

Além disso, o objetivo da investigação do Cenipa não é de natureza criminal, mas visa prevenir futuros acidentes por meio da análise de dados e conclusões. Paralelamente, a autoridade policial conduz a investigação criminal.

COMO É FEITA A INVESTIGAÇÃO

O tempo de investigação de um acidente varia significativamente, e o Cenipa segue um processo que inclui reunir comissões de especialistas, coletar e analisar dados antes de chegar às primeiras conclusões.

A investigação é conduzida em três frentes: operacional (manutenções, plano de voo, meteorologia), humana (fatores relacionados aos pilotos e equipe de comando) e material (aeronave e infraestrutura aeroportuária). 

Devido à complexidade, o processo envolve profissionais de diversas áreas, como mecânicos e psicólogos. Por exemplo, uma investigação coordenada por Ferreira contou com mais de 200 pessoas.

(Com informações da CNN Brasil)

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