A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) divulgou nota em que afirma que a linha de transmissão atingida pelo avião que levava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas "está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caatinga", ou seja, não era ilegal. A Companhia já havia afirmado que a aeronave atingiu um cabo de alta tensão antes de cair, em Piedade de Caratinga (MG). Testemunhas também viram o choque.
Nos últimos três meses, dois pilotos haviam feito notificações no sistema oficial da Aeronáutica afirmando que havia uma antena e uma torre de energia sem iluminação próximos ao aeródromo de Caratinga (MG). A informação foi divulgada pela Polícia Civil na manhã deste sábado (6). Os trabalhos são acompanhados pelos advogados de Marília Mendonça.
A nota da Cemig afirma, ainda, que a empresa segue "rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor".
Técnicos da Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado ao Comando da Aeronáutica, e integrantes da Polícia Civil estão realizando perícias no local do acidente de avião que provocou a morte da cantora Marília Mendonça.
Além da cantora Marília Mendonça, estavam no avião Abiceli Silveira Dias Filho, tio dela; Henrique Bonfim Ribeiro, produtor da cantora; Tarciso Pessoa Viana, copiloto do avião; e Geraldo Martins de Medeiros, piloto. Todos morreram.
O avião havia decolado de Goiânia com destino a Caratinga (MG), cidade em que Marília faria um show na noite de ontem. A aeronave estava a apenas 2 quilômetros do aeroporto onde iria pousar quando caiu.
O avião se aproximou do aeroporto pelo setor oeste, quando o indicado seria pelo setor sul. Além disso, para se chocar com os fios da torre, a aeronave teria de estar voando abaixo da altitude indicada.